Marina mostra os dois lados de sua face: a traição à democracia e o golpe

Marina sabe que o golpe vai ser derrotado, mas seu inconformismo e rancores políticos e pessoais contra Dilma Rousseff a transformam em uma política de estatura anã, o que a leva a se juntar ao coro dos golpistas derrotados no ano eleitoral de 2014

Bras�lia - A ex-senadora e fundadora da Rede Sustentabilidade, Marina Silva, apresenta oficialmente os novos filiados ao partido no Congresso Nacional, durante o ato Brasil em Rede (Jos� Cruz/Ag�ncia Brasil)
Bras�lia - A ex-senadora e fundadora da Rede Sustentabilidade, Marina Silva, apresenta oficialmente os novos filiados ao partido no Congresso Nacional, durante o ato Brasil em Rede (Jos� Cruz/Ag�ncia Brasil) (Foto: Davis Sena Filho)


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Marina Silva pensa que engana as pessoas ou que todo mundo nasceu ontem. Contudo, ela, ao que parece, deixou de ser "sonhática", apesar de sonhar com um golpe contra uma presidente legalmente e democraticamente eleita. Manipuladora e camaleônica, Marina disfarça suas intenção golpista e conspira... com Aécio Neves, a quem ela apoiou no segundo turno contra Dilma Rousseff, do PT, que o derrotou nas eleições de outubro de 2014.

Marina Silva agora se autodefine como "sustentabilista progressista", o que, definitivamente, não se sabe o que significa estas duas palavras juntas e o que ela quis dizer com isto, como sempre. Marina é a rainha do blábláblá sem conteúdo, fato este que não surpreende ninguém, nem mesmo a direita, cuja preocupação ideológica e política se resume a encher seus bolsos e explorar ao máximo os trabalhadores, razões principais de sua riqueza e de seu poder financeiro e armado em todas as épocas da humanidade.

A verdade é que Marina é um redemoinho cognitivo, porque fala muito e não diz nada com coisa nenhuma. Realmente, não se compreende, por exemplo, quando a política, que foi filiada ao PT, ao PV e ao PSB abre a boca para dizer que é "sonhática", quando, na verdade, Marina foi cooptada pela direita, alia-se aos conservadores, bem como os apoia, não somente no discurso, mas de forma prática, como ocorreu quando firmou parceria com Aécio Neves, no segundo turno, quando Marina, definitivamente abandonou a esquerda e adentrou o campo da direita e neste espectro continua e, certamente, não sairá mais.

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A diva do Itaú, da Natura e dos coxinhas de direita, que se consideram "diferentes" e "descolados", como se tivessem "grife" e, com efeito, "chiques", por apoiarem e votarem em Marina, aquela que na Rio + 20 e na COP-21 foi superada, porque o Governo Dilma cumpriu as metas estabelecidas pela comunidade internacional, no que concerne à preservação da biodiversidade, ao combate à poluição, à preservação das florestas, matas e rios, bem como sacramentou acordos com produtores rurais, os donos do agronegócio, no sentido de eles preservarem os ecossistemas de suas fazendas, as nascentes de rios e lagos, além das matas ciliares.

O Brasil é reconhecido e Marina jamais pensou que suas propostas seriam superadas, até porque quando ministra do Meio Ambiente do presidente Lula sua administração foi um fracasso retumbante, pois dedicado a atender às ONGs com as quais Marina se relaciona e tem influência, bem como sua atuação se dedicou à retórica ao invés de ser prática, fato que não ocorreu com seu sucessor, o deputado Carlos Minc, que em um pouco mais de um ano à frente do MMA obteve resultados mais expressivos do que Marina em seis anos. São números, índices, fatos e realidades.

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Marina se associa ao golpe e, junto a Aécio, considera mais viável que o golpismo aconteça pelo TSE e não mais pelo Congresso, que, certamente, na Casa de Leis sua morte está sacramentada. E Marina sabe disso, como todo mundo. Para o bem da verdade, quem vai ser destituído do poder e depois processado vai ser o atual presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha, acusado de sonegação, dentre outros crimes. Deve-se deixar claro que Cunha teve e tem ainda o apoio da grande mídia de negócios privados e de lideranças políticas do PSDB, DEM, SDD e PPS, além de outros partidos que se comportam como vagões do trem do golpe.

Marina sabe que o golpe vai ser derrotado, mas seu inconformismo e rancores políticos e pessoais contra Dilma Rousseff a transformam em uma política de estatura anã, o que a leva a se juntar ao coro dos golpistas derrotados no ano eleitoral de 2014. A verde que não é verde se transforma em uma loba de matilha prestes a perder seu território, que é o território do murmurinho, da fofoca, da política mal engendrada em maledicência e falta de juízo quanto aos interesses do Brasil, do seu povo, sem se importar ainda com a estabilidade institucional e democrática.

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O impeachment nos termos apresentados pela oposição de direita é golpe, sim! E a oposição conservadora, sendo que setores dela chegam a ser fascistas, sabe que está a lutar por um golpe contra uma presidente democraticamente e legalmente constituída. A direita golpista é tão irresponsável que sabe, compreende e não se importa, porque, na verdade, nunca se importou com o Brasil, mas, sim, com seus interesses pecuniários, monetários, financeiros e econômicos, ou seja, com seu próprio bolso. Esta realidade acontece desde 1500, quando Pedro Álvares Cabral aportou na Bahia.

Marina pulou o muro e apoia o golpe. Ela corre para os braços da direita, deslumbra-se, e, equivocadamente, pensa que a casa grande, que sempre abriu suas portas à escravidão, está a recebê-la. Enganos dos enganos, a burguesia, aquele que "fede e quer ficar rica", conforme a música de Cazuza, apenas se aproveita de situações, como ter em sua bancada pessoas ideologicamente e politicamente fracas, a exemplo de Marina Silva, Marta Suplicy e Roberto Freire, este um ex-comunista que se transformou em uma pantomima de si mesmo.

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Marina apaga fogo com gasolina ao afirmar ao conservador jornal de índole golpista, Folha de S. Paulo, que "há evidências fortes de que o dinheiro de toda essa corrupção generalizada, institucionalizada, continuada, alimentou a campanha do PT". Se isso fica comprovado, eu repito, comprovado, a chapa deve ser cassada. No meu entendimento, o processo no TSE deve ser agilizado".

Não é uma graça a Marina? Só o PT? E o ex-partido dela, o PSB, outra agremiação que se bandeou para a direita? Até hoje o PSB não explicou a quem pertence o avião que caiu em São Paulo e matou o candidato do partido, Eduardo Campos (Alô, Polícia Federal e MP!). Além disso, como um avião de milhões de dólares não tem dono? Marina voava nele, bem como sabemos que o PSB ainda não explicou de forma incontestável de onde vinha o dinheiro para sua campanha milionária.

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Além disso, todo mundo sabe, inclusive os coxinhas analfabetos políticos vestidos, ridiculamente, com camisas de Seleção Brasileira, que leem a Folha, a Veja e são espectadores passivos do Jornal Nacional e da Globo News, que o PSDB, o DEM, o PPS o SDD, dentre outras siglas partidárias, receberam dinheiro das mesmas empresas (não somente as construtoras) que financiaram o PT, sendo que, conforme o TSE, o PSDB dos tucanos derrotados e por isto transformados em golpistas receberam mais dinheiro para financiar suas campanhas do que os petistas.

Então vamos às duas perguntas que teimam em não se calar: Por que Marina Silva, em seu eterno e confuso blábláblá, não questiona o PSB e "seu" avião de luxo, sem dono, no qual ela voava lépida e fagueira? Por que a proba Marina não questiona as campanhas milionárias do PSDB, de seu aliado Aécio Neves e do DEM, o pior partido do mundo, filhote da ditadura militar e da UDN?

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Não. De jeito nenhum. Seu alvo é o PT, partido onde Marina teve todas as oportunidades para ocupar cargos de expressão estadual e nacional. Todavia, neste momento, Marina Silva se torna hipocritamente e cinicamente seletiva, ao tempo que também parece sofrer de uma forte amnésia quando se trata de observar os erros e talvez os crimes eleitorais da oposição de direita da qual ela faz parte com muito orgulho, além de ser tutelada pelas ONGs internacionais e fazer parcerias com a Natura e o Itaú, financiadores de sua rica campanha eleitoral.

Marina trabalha contra o Brasil e seu poderoso agronegócio, um dos cinco mais importantes e fortes do mundo. O Brasil não é a sétima economia à toa, e não se reduz apenas à produção rural diversificada e gigantesca. O Brasil é o País poderoso que é porque se fez assim em quase todos os segmentos da economia. É por isto que a direita está desesperada e temos políticos cooptados como a Marina Silva, que no Acre, sua terra, perdeu as eleições para Dilma Rousseff e Aécio Neves. "Quem a conhece não a compra" — como diz apropriadamente o ditado popular.

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Marina, que tem alma tucana, até agora não abriu o bico para falar da Samarco (a Vale privatizada), que transformou um rio inteiro, o Rio Doce, em um mar de lama. O maior desastre ambiental da história do Brasil. A "Sonhática" viu agora, de forma real, o pesadelo das privatizações e como empresários gananciosos e sem quaisquer compromissos com os interesses da sociedade se comportam e se conduzem para se locupletarem em nome de seus bolsos e cofres cheios de dinheiro.

Ah, se a Samarco (Vale) fosse empresa pública! Coitada da Dilma, do Governo do PT e até do Lula, que não está no poder. A imprensa corporativa e alienígena transformaria sua vida em um inferno ainda mais abrasador do que já é, além de vociferar para privatizar o que restou do patrimônio público brasileiro, porque o negócio é manter o Brasil como eterno País subalterno e subserviente aos ditames dos países ricos.

É desse jeitinho tosco e tacanho que funciona a cabeça colonizada, complexada e provinciana das "elites" tupiniquins. Ou seja, sempre na rabeira do que elas consideram serem suas cortes, e, consequentemente, a se beneficiarem com as migalhas "doadas" pela plutocracia internacional ao preço do subdesenvolvimento do Brasil e da pobreza do povo brasileiro.

Enquanto isso a Rede Sustentabilidade de Marina, o partido que não conseguiu se regulamentar junto ao TSE na época das eleições por incompetência, começa a agir em prol do golpe contra uma mandatária que não cometeu crimes de responsabilidade e que até agora não conseguiu governar em paz, porque a oposição há mais de um ano se recusa a descer do palanque. Trata-se do terceiro turno, que não existe. Surreal!

Marina disse à Folha que Dilma e Temer são a mesma face da moeda, o que não é a verdade. A ex-Sonhática e agora "Sustentabilista Progressista" mostra os dois lados de sua própria face: a traição à democracia, o golpe e sua cooptação total pela direita. A verdade é a seguinte: Marina Silva é golpista. Foi o que lhe restou para agradar a casa grande e quiçá, um dia, ser sua candidata a presidente. É isso aí.

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