Dilma pilota inédito pouso suave da economia. Plágio?

Reajuste de 3% no preço da gasolina e 5% no diesel pode ser chamado de 'tarifaço'?; percentuais não devem ser repassados integralmente nas bombas, segundo distribuidores, mas podem representar R$ 5,5 bilhões extras à Petrobras; e alta de 0,25% na Selic?; isso é mesmo uma tresloucada subida nos juros?; executando com suavidade troca de comando na economia, com anúncio ainda não consumado de saída de ministro Guido Mantega para dar lugar a quadros como Henrique Meirelles ou Nelson Barbosa, presidente Dilma Rousseff evita traumas, impõe estilo e assegura poder de iniciativa; plágio e isolamento ou responsabilidade e compromisso com promessas de campanha?; responda

Reajuste de 3% no preço da gasolina e 5% no diesel pode ser chamado de 'tarifaço'?; percentuais não devem ser repassados integralmente nas bombas, segundo distribuidores, mas podem representar R$ 5,5 bilhões extras à Petrobras; e alta de 0,25% na Selic?; isso é mesmo uma tresloucada subida nos juros?; executando com suavidade troca de comando na economia, com anúncio ainda não consumado de saída de ministro Guido Mantega para dar lugar a quadros como Henrique Meirelles ou Nelson Barbosa, presidente Dilma Rousseff evita traumas, impõe estilo e assegura poder de iniciativa; plágio e isolamento ou responsabilidade e compromisso com promessas de campanha?; responda
Reajuste de 3% no preço da gasolina e 5% no diesel pode ser chamado de 'tarifaço'?; percentuais não devem ser repassados integralmente nas bombas, segundo distribuidores, mas podem representar R$ 5,5 bilhões extras à Petrobras; e alta de 0,25% na Selic?; isso é mesmo uma tresloucada subida nos juros?; executando com suavidade troca de comando na economia, com anúncio ainda não consumado de saída de ministro Guido Mantega para dar lugar a quadros como Henrique Meirelles ou Nelson Barbosa, presidente Dilma Rousseff evita traumas, impõe estilo e assegura poder de iniciativa; plágio e isolamento ou responsabilidade e compromisso com promessas de campanha?; responda (Foto: Ana Pupulin)


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247 – Um debate está instalado: a presidente Dilma Rousseff age como o José Sarney de 1986, que na mesma semana da retumbante vitória do PMDB despejou uma chuva de aumentos nas tarifas públicas sobre os brasileiros? Ou como o Armínio Fraga de 1999, que, "preventivamente", subiu de 39% para 45% a Selic para atacar a inflação?

Há formadores de opinião como, no jornal Folha de S. Paulo, o profissional Josias de Souza que veem Dilma 'plagiando' o passado. No entanto, será que as semelhanças não são muito mais imaginativas do que reais?

Tomem-se, para efeito do que é plágio e do que é inédito, as manchetes da própria Folha, neste sábado 8, de primeira página e de abertura do caderno Poder 2. Na capa do jornal lá está: 'Governo agora divulga alta no desmate da Amazônia'. É, com efeito, uma informação fundamental. Na página Poder 2-1, por outro lado, se lê: 'Maior acesso a serviços compensa estagnação da renda entre pobres', com o seguinte complemento: 'Indicadores apontam melhorias com mais escolaridade e ampliação de rede deágua e esgoto'. 

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O desmatamento da Amazônia aumentou em todos os governos, em alguns anos, mas ampliação de saneamento básico sem sempre cresceu. Como editor de um grande jornal, qual das duas notícias você levaria para a primeira páginal? E qual delas você mandaria lá para dentro, sem o mesmo destaque? A definição é, como sempre, política e ideológica. Vai depender de visão de mundo. De escolha política.

INFLAÇÃO CAI. OU SOBE? - No atual quadro pós-eleitoral, o que se sabe sobre uma das pautas permanentes de todas as mídias – a inflação – é que a taxa medida pelo IBGE caiu, em outubro, para para 0,42% sobre 0,57% em setembro. Pode-se ler essa queda como um acerto da política econômica, assim como dá para apontar que, ainda assim, o teto da meta de 6,5% para 2014 poderá estourar em alguns pontinhos. A escolha é livre.

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O que não está sendo percebido, em razão da angulação ideológica dos donos da grande mídia sobre os fatos, é que se pratica no Brasil, neste momento, um capítulo conhecido e reconhecido da ortodoxia econômica vigente: a pouso suave, chamado de soft landing em inglês. Não houve, ao contrário do que gostariam muitos, para ter argumentos para a crítica, o tarifaço que poderia ter ocorrido. Igualmente não aconteceu uma subida recessiva de juros, a ponto de inviabilizar negócios e paralisar a economia. O que ocorreu, isso sim, foi uma leitura entre analistas financeiros internacionais, como Toni Volpon, da Nomura Securities – a maior banca de investimentos do Japão – de que o Brasil volta a ser um porto atraente para investimentos internacionais.

Não era isso o que se pedia na campanha eleitoral: a volta dos investimentos, a pilotagem segura da economia, a ausência de sustos?

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TRÊS POR CENTO É TARIFAÇO? - O mesmo esquema se repete em relação ao reajuste de 3% nos preços da gasolina e 5% no valor do óleo diesel, promovidos pela direção da Petrobras esta semana. Durante a campanha, basta olhar nos arquivos, tanto a presidente Dilma, como Graça Foster, da Petrobras, e o ministro Guido Mantega, da Fazenda, disseram e repetiram que, até o final do ano, a exemplo dos anos anteriores, haveria sim um reajuste de preços na gasolina e no diesel. E ele veio em percentuais que, segundo os distribuidores, nem serão totalmente repassados às bombas, para o consumidor. Mais: com o leve ajuste, a Petrobras terá a mais em seus cofres algo como R$ 5,4 bilhões no médio prazo.

Onde está a barbeiragem? Onde está, para usar uma palavra forte, infelizmente incorporada ao vocabulário dos formadores de opinião, a 'sacanagem'? Qual foi o impacto negativo na vida dos brasileiros que as medidas econômicas do governo Dilma, no pós reeleição, causaram?

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Fala-se, agora, que Mantega está anunciando reduzir subsídios do BNDES. Não era o que se pedia? Claro está que, para os derrotados nas urnas, o que se queria é que o ministro cometesse o desatino de Fraga, que disse não saber o que "sobraria" dos bancos públicos depois que ele botasse os olhos em seus balanços.  A diferença está no volume dos cortes a serem feitos. Há quem acredite – e esses foram a maioria nas urnas de outubro – que o governo Dilma sabe fazer essa calibragem melhor do que os tucanos.

A presidente anunciou que o Mantega não prosseguirá na Fazenda na próxima gestão – e se mantém coerente com esta decisão, ao analisar nomes de candidatos altamente qualificados para o cargo como o ex-presidente do BC Henrique Meirelles e o ex-secretário executivo Nelson Barbosa. Qual é mesmo o problema? O que se queria é que a presidente embrulhasse o atual ministro e o defenestrasse? Jogasse fora? Dilma está fazendo exatamente o contrário, ao buscar soluções mais dóceis para contrapor a sanha por sangue da oposição.

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Há quem acredite que a presidente está agindo da maneira menos traumática, mantendo a iniciativa sem ter pressa, acenando ao mercado sem rende-se a ele, deixando a economia funcionar com naturalidade até a definição de um novo nome para a Fazenda.

E você, o que acha?

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