Coutinho: ‘as coisas seriam piores se não fosse o BNDES’

Presidente do banco de fomento defende que a instituição precisa reduzir sua participação no investimento do País, mas ressalta que as mudanças são graduais; "O banco é como um grande transatlântico, não há possibilidade de ajustes radicais", explica; ele rebate críticas de que o banco escolhe "campeões nacionais" para investir: "O BNDES apoia todas as empresas, sem favoritismo"; e desconversa sobre se quer continuar no cargo ou assumir um ministério: "O cargo do presidente do banco é da presidência da República"

Data: 18/01/2012   
Editoria: Brasil
Reporter: Marcelo Mota
Local: Rio de Janeiro, RJ
Pauta: Coletiva BNDES
Setor: financiamento
Personagem: Luciano Coutinho, Presidente do BNDES, fotografado no BNDES, Centro, RJ.
Tags: coutinho, bndes, banco, fina
Data: 18/01/2012 Editoria: Brasil Reporter: Marcelo Mota Local: Rio de Janeiro, RJ Pauta: Coletiva BNDES Setor: financiamento Personagem: Luciano Coutinho, Presidente do BNDES, fotografado no BNDES, Centro, RJ. Tags: coutinho, bndes, banco, fina (Foto: Gisele Federicce)


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247 – O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, acredita que a instituição precisa reduzir sua participação no investimento do País, mas ressalta que as mudanças são graduais. "O banco é como um grande transatlântico, não pode fazer curvas fechadas, as mudanças são graduais. Não há possibilidade de ajustes radicais", compara.

Em entrevista ao jornal O Globo (leia a íntegra), ele rebate críticas de que o banco de fomento, ao qual está à frente desde 2007, segunda gestão mais longa até hoje, escolhe "campeões nacionais" para injetar investimento.

"O BNDES apoia todas as empresas, sem favoritismo. Das mil maiores do Brasil, o BNDES apoia 783. Das 500 maiores, 408 tiveram financiamento do banco. Das 100 maiores, 91 tiveram apoio do BNDES. O BNDES não discrimina", ressalta.

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Ao contrário do que prega a oposição, Coutinho é favorável a investir em empresas que realizam obras no exterior. "É uma política importante e gera resultados para o pais", diz o economista.

Ao falar sobre a taxa de investimento em relação ao PIB, ele justifica: "De 2003/2004 a 2008, antes da crise, a taxa do investimento saiu de 15,5% do PIB para cerca de 19,5% do PIB. Veio a crise, caiu o investimento, e houve uma reação forte a partir do segundo semestre de 2009. O BNDES teve participação relevante nesta retomada. O ápice da atuação foi em 2010. E, apesar da esperada retração de 2014, estamos atuando. Vamos fechar o ano com R$ 70 bilhões em infraestrutura, crescimento expressivo sobre 2013 (R$ 62,2 bilhões). Mas o banco sozinho não pode resolver a questão. Ela depende da confiança do empresário, da construção civil, que é metade da taxa de investimento e que não é afetada por nossa atuação. Temos muitas evidências de que as coisas seriam piores se não fosse o BNDES".

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Questionado se gostaria de permanecer no cargo ou assumir um ministério no segundo mandato da presidente Dilma, ele evita a resposta: "Não vou falar sobre isso. O cargo do presidente do banco é da presidência da República".

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