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Ivan Rios

Sindicalista, historiador, crítico de cinema, escritor, membro do Comitê Baiano de Solidariedade ao Povo da Palestina, graduando em Direito, militante dos Movimentos de Promoção, Inclusão e Difusão Cultural no Estado da Bahia

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Em homenagem às vítimas da Ditadura Militar, Salvador será palco da "Marcha do Silêncio" no dia 1º de abril

Evento reunirá partidos políticos de esquerda, artistas, pensadores independentes, movimentos sociais, estudantes e jornalistas

(Foto: Reprodução)
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No dia 1º de abril, Salvador será palco da Marcha do Silêncio, um tributo aos mortos e desaparecidos políticos durante a Ditadura Militar (1964-1985). A marcha, que partirá às 16 horas da Praça da Piedade até o Campo da Pólvora, culminará em frente ao Fórum Rui Barbosa, onde se ergue o Monumento aos Mortos e Desaparecidos vítimas dessa página nefasta da história do nosso país.

O evento reunirá uma diversidade de participantes, incluindo partidos políticos de esquerda, artistas, pensadores independentes, movimentos sociais, estudantes e jornalistas. Juntos, eles lembrarão os 32 desaparecidos baianos durante a ditadura militar, lutando contra o esquecimento desses crimes e exigindo respostas sobre o paradeiro dessas pessoas.

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Os participantes, carregando cartazes com fotos dos mortos e desaparecidos, flores, tochas e cruzes, caminharão em silêncio ao som de um surdo. Eles distribuirão panfletos ao público, explicando os motivos da manifestação e exigindo respostas do governo.

A Marcha do Silêncio em Salvador, que teve sua primeira edição em 2018, foi interrompida pela pandemia em 2020 e 2021, mas retomada em 2022 e 2023. Este ano, ela celebra sua quinta edição.

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Segundo o professor e sociólogo Joviniano Neto, a Marcha do Silêncio é inspirada por um evento semelhante no Uruguai. O país, junto com Brasil, Argentina e Chile, sofreu a repressão e a violência de uma ditadura militar, que resultou em prisões arbitrárias, tortura, assassinatos e desaparecimento dos corpos das vítimas da repressão a opositores da extrema direita.

Na Bahia, a marcha é organizada pelo Grupo Tortura Nunca Mais, ABRASPET, AEPET, Sindipetro Bahia, APUB, ADJC, ASTAP. E conta com o apoio de partidos políticos progressistas (PCdoB, PT, PSOL, UP, PCB, PCO, PSTU), além de veículos de imprensa como o Brasil 247 e TV 247.

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EVENTOS EM MARÇO

No dia 23/03, Salvador sediará o “Dia Nacional de Mobilização”, organizado pelas frentes Brasil sem Medo e Brasil Popular. O evento reunirá partidos de esquerda, centrais sindicais, entidades estudantis e outras organizações do movimento social. Com o lema: “Em defesa da democracia, sem anistia, punição aos golpistas – Em memória dos 60 anos do Golpe”, a concentração ocorrerá às 15 horas, no Largo do Pelourinho, onde será realizado o ato político-cultural.

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As homenagens aos entes perdidos pela ação opressora do Estado começaram no dia 14, data do 177º aniversário do poeta baiano Castro Alves, com o XX Cortejo Dia Nacional da Poesia. O evento, que reuniu estudantes do Colégio Estadual Ypiranga e escolas municipais Perminio Leite e Cosme de Farias, homenageou os escritores Carolina de Jesus e Abdias Nascimento. A celebração terminou com um abraço ao monumento do poeta na Praça Castro Alves, seguido de um canto de parabéns e a distribuição de bolo.

Diva Santana, ex-presidente do renomado Grupo Tortura Nunca Mais na Bahia e ativista incansável em conselhos e movimentos que buscam informações sobre o paradeiro dos desaparecidos políticos do regime militar em todo o país, é irmã e cunhada dos desaparecidos Dinaelza Santana e Wandick Coqueiro. Ela destaca que, ao longo de 2024, estão previstos diversos eventos e manifestações. Isso demonstra que, mesmo após seis décadas da instauração do golpe militar, a reação dos familiares, das vítimas e da sociedade civil continua intensa na busca por justiça e na condenação dos culpados. “Eles não serão esquecidos”, enfatiza Diva, reiterando o compromisso inabalável com a memória e a justiça.

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