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Marcia Carmo

Jornalista e correspondente do Brasil 247 na Argentina. Mestra em Estudos Latino-Americanos (Unsam, de Buenos Aires), autora do livro ‘América do Sul’ (editora DBA).

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Outra derrota de Milei

Três meses após a posse do novo governo na Casa Rosada fica evidente a fragilidade do Executivo no Congresso Nacional

Javier Milei (Foto: Reuters/Ammar Awad)
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Por 42 votos contrários, 25 a favor e quatro abstenções, o Senado argentino rejeitou, na noite desta quinta-feira (14), o chamado Decreto de Necessidade e Urgência (DNU) do governo Milei. Três meses após a posse do novo governo na Casa Rosada fica evidente a fragilidade do Executivo no Congresso Nacional. O DNU tinha sido o primeiro pacote de medidas apresentado por Milei e seu ministro da Economia, Luis Caputo, para desregulamentar a economia argentina. 

O dia tinha começado com as informações sobre as diferenças públicas entre Milei e sua vice-presidente Victoria Villarruel, presidente do Senado. A oposição, formada principalmente pelo kirchnerismo, que tem 33 votos e que contou com apoio de outras bancadas, defendeu a votação do texto, e, organizada, reuniu o quórum necessário. Na Casa Rosada, acusaram a falta de articulação política de Villarruel para tentar evitar a votação e a derrota cantada. A relação entre Milei e Villarruel, contam parlamentares, azedou.

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O texto do DNU foi enviado, agora, para votação na Câmara dos Deputados. O texto continua em vigor até que os deputados definam se o aprovam ou o rejeitam. Ele tem 366 artigos e muitos deles estão impugnados na Justiça, como a reforma das leis trabalhistas.

Esta foi a segunda derrota do governo no parlamento. Durante os 27 dias das sessões extraordinárias, entre janeiro e fevereiro, o governo tentou aprovar a Lei Ônibus (que reunia mais de 600 artigos). Mas quando o texto chegou ao plenário, apesar das várias emendas, já era esperada a primeira derrota do Executivo. Quando a votação ainda estava no sexto artigo, Milei determinou que o texto fosse retirado da casa. Esta agora não foi uma quinta-feira fácil para Milei. Em sua conta no X, sua rede social preferida, o presidente argentino compartilhou vários tuites com a lista dos que votaram contra o DNU.

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Mais cedo, em frente ao Congresso, cineastas, produtores e artistas realizaram uma manifestação em defesa do cinema argentino e foram reprimidos pela polícia. O Instituto Nacional de Cinema e Artes Audiovisuais (Incaa) é um dos alvos dos ajustes do governo, que também colocou sua motosserra (símbolo da campanha de Milei) na ciência, entre outros. O déficit zero e a queda na inflação são as metas de Milei que vem gerando recessão (FMI prevê queda de 2,8% do PIB neste ano) e desemprego. Milei e Caputo dizem que é uma transição para algo melhor...Ninguém sabe ainda quando, porém, a etapa pior para os que sofrem, hoje, o ajuste vai deixar de piorar...

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