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Cultura

Lula sanciona lei que inclui Dorina Nowill no livro de heróis e heroínas da Pátria

Ação é um reconhecimento à contribuição da educadora em prol da acessibilidade e dos direitos das pessoas com deficiência visual

Lula e Dorina de Gouvêa Nowill (Foto: Ricardo Stuckert/PR | Reprodução)
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247 - Na edição do Diário Oficial da União desta segunda-feira (8), foi oficializada a Lei nº 14.796/2024, que inclui o nome de Dorina de Gouvêa Nowill no prestigiado Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria, depositado no Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves, localizado em Brasília (DF).

Ao sancionar a lei, o presidente Lula (PT) reconhece a conexão direta entre a vida de Dorina Nowill e os avanços tanto nacionais quanto internacionais resultantes de seu ativismo e dedicação à educação, acessibilidade e inclusão de pessoas com deficiência visual.

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Nascida em 28 de maio de 1919, em São Paulo, Dorina perdeu a visão aos 17 anos devido a uma doença não diagnosticada. Mesmo diante da perda visual e das limitações educacionais da época, ela desafiou as expectativas ao ingressar e concluir com êxito o curso regular de preparação de professoras em 1943, tornando-se a primeira estudante cega a frequentar um curso convencional no país.

Motivada por sua própria experiência, Dorina enfrentou as dificuldades de sua condição para desenvolver métodos inovadores, especialmente para aqueles com deficiência visual. O cerne de seu método educacional, de autoria própria, foi a educação de crianças cegas, uma iniciativa que recebeu aprovação do Departamento de Educação do Estado de São Paulo e culminou na criação do 1º Curso de Especialização de Educação de Cegos na América Latina.

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Em 1945, Dorina Nowill iniciou uma especialização em educação para cegos na Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, onde obteve apoio da Kellogg Foundation e da American Foundation for Overseas Blind, resultando na obtenção de uma impressora de braille completa. Essa ferramenta foi crucial para a criação da "Fundação para o Livro do Cego no Brasil", que, a partir de 1991, passou a ser conhecida como "Fundação Dorina Nowill". Como organização sem fins lucrativos, a entidade foi responsável pela produção de mais de 6 mil livros adaptados, 2,7 mil audiolivros e 900 títulos digitais em prol da inclusão educativa de pessoas com deficiência visual.

Além de suas contribuições nacionais, Dorina Nowill teve impacto internacional, discursando na Assembleia Geral das Nações Unidas em 1981, defendendo a criação da "Década da Pessoa com Deficiência". Na Conferência da Organização Internacional do Trabalho, realizada em Genebra no mesmo ano, propôs a inclusão da reabilitação profissional de pessoas cegas nas agendas formais dos Estados e Governos. Sua notável história é documentada no filme "Dorina: olhar para o mundo", dirigido por Lina Chamie.

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