Folha anuncia mudanças, mas não explica demissões

Jornal noticia estreias de Bernardo Mello Franco e Igor Gielow na coluna Brasília no lugar dos demitidos Eliane Cantanhêde e Fernando Rodrigues, mas diz apenas que jornalistas, destaques do colunismo político, "deixaram o jornal na última semana", sem mais detalhes

Jornal noticia estreias de Bernardo Mello Franco e Igor Gielow na coluna Brasília no lugar dos demitidos Eliane Cantanhêde e Fernando Rodrigues, mas diz apenas que jornalistas, destaques do colunismo político, "deixaram o jornal na última semana", sem mais detalhes
Jornal noticia estreias de Bernardo Mello Franco e Igor Gielow na coluna Brasília no lugar dos demitidos Eliane Cantanhêde e Fernando Rodrigues, mas diz apenas que jornalistas, destaques do colunismo político, "deixaram o jornal na última semana", sem mais detalhes (Foto: Gisele Federicce)


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247 - A Folha de S. Paulo anunciou mudanças na coluna "Brasília", mas não explicou as demissões de Eliane Cantanhêde e Fernando Rodrigues, anunciadas pelos próprios jornalistas na última semana. O jornal noticia neste domingo as estreias de Bernardo Mello Franco e Igor Gielow no lugar de Cantanhêde e Rodrigues, sobre quem publica um breve currículo e diz que "deixaram o jornal na última semana", sem mais detalhes.

Ontem, o jornalista Paulo Nogueira, do Diário do Centro do Mundo, publicou uma análise sobre a saída de Eliane Cantanhêde, atribuindo a demissão à "agonia da mídia impressa" (leia alguns trechos aqui). Abaixo, texto sobre o Jornal GGN, de Luís Nassif, também sobre as demissões.

Folha não explica demissão de jornalistas

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Jornal GGN - Ao contrário do que havia sido anunciado, a Folha não publicou nenhuma explicação sobre o afastamento dos jornalistas Eliana Cantanhede e Fernando Rodrigues. Em uma nota sobre os novos colaboradores de Brasília na página 2, o jornal limita-se a um parágrafo sobre o currículo de cada um (clique aqui). A coluna da Ombudsman – que provavelmente seria sobre o tema – acabou não sendo publicada (clique aqui).

A demissão chamou a atenção por alguns fatos.

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Nos últimos anos, Cantanhede tornou-se a colunista mais identificada com a nova cara do jornal. Recebeu amplo espaço para exercitar o proselitismo político e a militância autorizada tornou-a algo descuidada em relação às informações veiculadas.

Era parcial, às vezes um tanto agressiva, mas nem de longe se aproximava do estilo pitbull que acabou predominando no jornal. Tornou-se uma espécie de face civilizada do antipetismo. Pessoalmente afável e educada, consolidou um importante contingente de fontes em Brasília.

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No final dos anos 90, Fernando Rodrigues era o jornalista de confiança da direção da Folha, para temas críticos de interesse da casa, especialmente em operações articuladas com Paulo Maluf e o ex-senador Gilberto Miranda.

Depois, evoluiu jornalisticamente e acumulou um currículo respeitável, com vários prêmios de jornalismo investigativo. Mas continuou sendo utilizado para missões de confiança.

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Sua última reportagem foi uma matéria bombástica sobre operações do Bradesco e Itau em paraísos fiscais. Apesar de serem operações legais de planejamento tributário e de ganhos irrisórios - perto dos resultados de ambos os bancos - a matéria recebeu tratamento escandaloso.

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