Popular, Barbosa age cada vez mais como candidato

Por mais que negue a intenção de se candidatar a qualquer cargo público em 2014, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, retomou o comportamento de potencial presidenciável; ontem, ao visitar o Tribunal de Justiça de São Paulo, posou para fotos com admiradores, como o cartunista Maurício de Souza; Barbosa também esperava que a presidente Dilma o convidasse para os funerais de Nelson Mandela, mas, desta vez, o telefone não tocou e ele perdeu a oportunidade de atuar num palanque internacional

SÃO PAULO, SP, BRASIL,  09-12-2013, 11h30: O presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministro Joaquim Barbosa, faz palestra sobre o Processo Judicial Eletrônico (PJe), no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP).  O sistema, desenvolvido pelo CNJ
SÃO PAULO, SP, BRASIL, 09-12-2013, 11h30: O presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministro Joaquim Barbosa, faz palestra sobre o Processo Judicial Eletrônico (PJe), no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP). O sistema, desenvolvido pelo CNJ (Foto: Felipe L. Goncalves)


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247 - Nas eleições municipais de 2012, pela primeira vez, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, adotou ações típicas de um potencial candidato, quando começou a posar para fotos com admiradores. Ontem, esse comportamento se repetiu, quando ele, em visita ao Tribunal de Justiça de São Paulo, também se mostrou sorridente, solícito e sempre disponível a mais um clique, tanto do lado de dentro, como de fora da instituição.

Barbosa age como candidato, assim como agiu na condução da Ação Penal 470, ao aproveitar o feriado de 15 de novembro, dia da Proclamação da República, para decretar as primeiras prisões. No entanto, nega peremptoriamente a intenção de disputar a presidência. Neste fim de semana, usou a coluna Radar, do jornalista Lauro Jardim, para garantir que não será candidato (leia mais aqui).

Ocorre que suas promessas não podem ser levadas ao pé da letra e o fato é que, a cada dia que passa, Joaquim Barbosa se consolida como a única alternativa da oposição para tentar garantir um segundo turno em 2014. Segundo o Datafolha, a presidente Dilma Rousseff hoje tem 47% das intenções de voto, contra 19% do tucano Aécio Neves e 11% de Eduardo Campos – ou seja, mantém uma diferença confortável de 17 pontos em relação aos adversários.

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Isso significa que Barbosa é hoje ainda mais importante para as forças que combatem o ciclo de poder do PT do que foi na condução da Ação Penal 470. Seus eventuais 15% – ou até mais – numa eventual disputa presidencial podem ser a diferença que falta para garantir um segundo turno.

Atento aos simbolismos do poder, Barbosa esperava ter sido incluído na comitiva presidencial, que levou todos os ex-presidentes vivos – José Sarney, Fernando Henrique Cardoso, Luiz Inácio Lula da Silva e Fernando Collor – aos funerais de Nelson Mandela, a convite da presidente Dilma Rousseff. Segundo ele afirmou em nota, Mandela representa uma "esperança a todas as vítimas de injustiças, em qualquer parte do mundo".

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No entanto, segundo informa a jornalista Mônica Bergamo (leia mais aqui), o telefone não tocou. Desta vez, Barbosa perdeu mais uma oportunidade de brilhar diante das câmeras. Talvez porque seus movimentos políticos sejam cada vez mais explícitos.

(leia ainda artigo de Helena Stephanowitz, da Rede Brasil Atual, sobre o efeito das ações de Joaquim Barbosa no Judiciário)

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