Lula 3 fecha terceiro ano de mudanças históricas contra injustiças seculares
A injeção de R$ 28 bilhões na economia a partir da isenção do IR é o ponto de partida promissor para que 2026 continue o ciclo virtuoso de desenvolvimento
Ao encerrar o ano de 2025, o Brasil se vê diante de um cenário transformador que desautoriza qualquer ceticismo sobre a possibilidade de se governar para a maioria, mesmo sem uma maioria automática no Congresso Nacional.
A vitória mais tangível e imediata para as famílias foi o combate ao custo de vida. O compromisso assumido no início do ano de tornar a cesta básica mais acessível saiu do discurso e entrou na prática, com pesquisas oficiais registrando quedas significativas no preço dos alimentos em 22 das 27 capitais do país. Itens essenciais como o tomate, o arroz e a batata tiveram reduções expressivas, aliviando diretamente o orçamento doméstico e confirmando que políticas públicas direcionadas para a segurança alimentar geram resultados concretos. Essa vitória interna foi complementada por uma conquista na esfera internacional, com o presidente Lula demonstrando liderança ao conduzir pessoalmente o diálogo que neutralizou a ameaça do chamado "tarifaço" estadunidense. Sua atuação direta resultou não apenas na remoção de tarifas punitivas sobre produtos brasileiros, como o café e a carne, mas também na abertura de um canal diplomático que vem sendo utilizado para discutir outras barreiras, incluindo as sanções da Lei Magnitsky.
Contudo, a conquista que verdadeiramente marca um ponto de inflexão histórica é a sanção da lei que isenta do Imposto de Renda quem ganha até cinco mil reais por mês e concede descontos para rendas de até R$ 7.350. Mais do que um simples ajuste técnico, esta medida abre caminho para corrigir, afinal, uma distorção secular da injustiça tributária brasileira, que por décadas sobrecarregou o trabalho assalariado e poupou grandes fortunas. O impacto é profundo: cerca de 15 milhões de brasileiros serão beneficiados, com 10 milhões deixando de pagar o tributo completamente. Para uma pessoa que recebe R$ 4.800, por exemplo, a economia anual será de quase R$ 4 mil, um alívio que equivale a um décimo quarto salário.
É fundamental ressaltar que essa e outras conquistas monumentais não foram fruto de uma conjuntura política fácil, mas de uma construção pacientemente articulada, com avanços e atrasos, pela liderança do Planalto e da Fazenda em meio a um Congresso inicialmente indiferente ou oposto a ela. A proposta do Imposto de Renda, enviada pelo governo ao Congresso em março, foi aprovada por unanimidade tanto na Câmara quanto no Senado. Para esse consenso amplo, colaborou a iminência do ano eleitoral. O desfecho demonstrou a capacidade de diálogo do governo e a força de uma ideia cuja justiça é evidente: a de que os 140 mil contribuintes que ganham acima de R$ 600 mil anuais devem contribuir com uma alíquota mínima para que milhões de trabalhadores possam ter mais dignidade. A medida é fiscalmente responsável, pois a compensação virá dessas rendas mais altas, sem prejudicar os serviços públicos ou a saúde das contas do governo.
O avanço na justiça tributária é a peça-chave de um projeto maior e bem-sucedido de redistribuição de renda e combate às desigualdades, que se desdobra também em ações concretas de segurança e infraestrutura. No campo da segurança pública, a histórica Operação Carbono Oculto, considerada a maior já deflagrada no país contra o crime organizado, desmantelou um esquema bilionário do PCC que movimentava cerca de R$ 52 bilhões e sonegava impostos estimados em R$ 8,67 bilhões entre 2020 e 2024. Foi a primeira vez em que o alvo das autoridades atacou os financiadores e operadores do crime na Faria Lima, ou seja, no sistema bancário, o chamado andar de cima, que canaliza e esquenta os recursos do crime organizado, principalmente o tráfico.
O sucesso dessa operação integrada, que envolveu múltiplas forças policiais e agências federais sem registrar mortes, serviu de modelo e impulso para uma reforma estrutural: a PEC da Segurança Pública. Inspirada no modelo do SUS, a proposta visa constitucionalizar um sistema único que padronize informações e garanta financiamento estável para o combate ao crime em todo o país, tendo sua admissibilidade já aprovada na Câmara dos Deputados.
Paralelamente, o governo deu continuidade a obras fundamentais para o desenvolvimento nacional, com destaque para o Projeto de Integração do Rio São Francisco. Em 2025, foram investidos R$ 2 bilhões nessa que é a maior obra de infraestrutura hídrica do mundo, beneficiando diretamente 12 milhões de pessoas no Nordeste e garantindo segurança hídrica para populações historicamente castigadas pela seca. A entrega de adutoras, barragens e sistemas de dessalinização mostra um compromisso concreto com o futuro da região.
Portanto, ao revisitar os compromissos do início de 2025, fica claro que o ano se encerra com um saldo positivo e transformador. A promessa de atacar o custo de vida foi cumprida com a queda dos preços dos alimentos e a bem-sucedida diplomacia comercial. A promessa de promover justiça tributária foi cumprida com uma reforma no Imposto de Renda que prioriza quem mais precisa. A promessa de um Estado mais seguro e integrado avança com a PEC da Segurança e a luta implacável contra o crime organizado. E, acima de tudo, a promessa de governar para todos, com preferência pelos mais necessitados, foi validada por resultados concretos que estão mudando a vida das pessoas. Em um contexto político desafiador, o governo mostrou que é possível construir amplos consensos em torno de pautas que elevam o patamar civilizatório do país. A injeção de R$ 28 bilhões na economia a partir da isenção do IR, dinheiro que circulará no comércio, na indústria e no serviço, é o ponto de partida promissor para que 2026 continue este ciclo virtuoso de desenvolvimento com distribuição de renda, segurança e infraestrutura. O caminho traçado está correto e os frutos, agora visíveis, animam o movimento de reeleição do presidente Lula para um quarto mandato.
O ano que está por começar será crucial para as entregas de obras e programas que estão em andamento em inúmeras áreas. O Novo PAC entregará infraestruturas ainda maiores que o original. O Mais Médicos Especialidades reduzirá acúmulos de décadas nas demandas de saúde dos brasileiros. O ímpeto se repete também na educação, na proteção ao meio ambiente, sempre com foco no benefício palpável aos mais pobres. A conclusão virtuosa dessas entregas merece atenção detalhada. Ela deve estar integrada ao acompanhamento minucioso de todas as promessas feitas no início como marca de uma gestão racional e responsável dos recursos da sociedade.
Da percepção dessas conquistas vem também, ao final deste ano, a melhora da aprovação do governo e a liderança do presidente Lula em todos os cenários das pesquisas de intenção de voto para 2026. Por todas as razões, será o ano mais difícil, quando o planejamento e o trabalho acumulado terão que se materializar como benefício aos olhos de todos.




