Manifestação suspende desfile em Maceió

Centenas de manifestantes que participaram da 19ª edição do Grito dos Excluídos, na Praia da Avenida, bloquearam o trecho por onde as tropas deveriam passar e o tradicional desfile de 7 de Setembro foi suspenso; protesto foi organizado pela CUT em Alagoas, estudantes e líderes de trabalhadores sem terra que alegam desejar ter direito de fala; sem negociação, o desfile cívico-militar foi encerrado antecipadamente

Centenas de manifestantes que participaram da 19ª edição do Grito dos Excluídos, na Praia da Avenida, bloquearam o trecho por onde as tropas deveriam passar e o tradicional desfile de 7 de Setembro foi suspenso; protesto foi organizado pela CUT em Alagoas, estudantes e líderes de trabalhadores sem terra que alegam desejar ter direito de fala; sem negociação, o desfile cívico-militar foi encerrado antecipadamente
Centenas de manifestantes que participaram da 19ª edição do Grito dos Excluídos, na Praia da Avenida, bloquearam o trecho por onde as tropas deveriam passar e o tradicional desfile de 7 de Setembro foi suspenso; protesto foi organizado pela CUT em Alagoas, estudantes e líderes de trabalhadores sem terra que alegam desejar ter direito de fala; sem negociação, o desfile cívico-militar foi encerrado antecipadamente (Foto: Paulo Emílio)


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Gazetaweb - Centenas de manifestantes que participaram da 19ª edição do Grito dos Excluídos, na Praia da Avenida, em Maceió, bloquearam o trecho por onde as tropas deveriam passar e o tradicional desfile de 7 de Setembro, que comemora a Independência do Brasil, foi suspenso. São membros da Central Única dos Trabalhadores (CUT) em Alagoas, estudantes e líderes de trabalhadores sem terra que alegam desejar ter direito de fala. Uma comissão tentou negociar, mas não teve como e a programação foi encerrada antecipadamente.

O desfile transcorria com certa tranquilidade desde o início da manhã, com a passagem das tropas da Polícia Militar de Alagoas, Polícia Civil, Força Nacional de Segurança Pública e Forças Armadas. No palanque em que estavam as autoridades também o clima era ameno. No trecho em frente ao Clube Fênix, uma tenda foi armada pelos que estavam liderando o Grito dos Excluídos. Eles deixaram o local e seguiram para um ponto em que interromperam a sequência da passagem dos que estavam desfilando.

Negociadores da Polícia Militar foram mobilizados imediatamente para tentar um acordo com os líderes do movimento, encabeçado pela CUT. De um lado, os manifestantes reclamaram que queriam desfilar também e, como o pedido foi negado, eles decidiram permanecer no local e a direção do desfile suspendeu a programação para frustração de uma multidão que compareceu a orla em busca da emoção de manter vivo o espírito patriota.

O comandante do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) mobilizou o grupo de elite para qualquer situação de confronto. O major Túlio Roberto foi pessoalmente negociar o fim do protesto. “Ou vocês deixam as crianças desfilarem agora e vocês depois ou o desfile termina aqui”, alertou o oficial. Mesmo com o aviso, os integrantes do Grito dos Excluídos não cederam e o evento foi suspenso. “Pelo amor de Deus! A polícia morre todos os dias... Se juntem ao povo”, pediu um dos manifestantes aos negociadores.

A aposentada Nilza, de 63 anos, foi ver o desfile e afirmava a emoção que tinha quando via as tropas passando. Ela reclamou do protesto que deu fim à programação. “Acho horrível essa manifestação. É uma falta de respeito com todos aqui presentes. O povo não tem nada a ver com as manifestações”, criticou. “O dia de hoje é muito importante e os manifestantes estão assustando as nossas crianças”, lamentou Célia dos Santos, também presente à orla de Jaraguá nesta manhã de sábado.

Familiares do empresário Nikael Tenório, morto semana passada após um show na capital, também compareceram e cobraram justiça com relação ao assassinato.

O Grito dos Excluídos teve concentração logo cedo, em frente ao Clube Fênix, com oficinas de agitação pública e propaganda. Em seguida, os manifestantes sairiam em caminhada pela orla da avenida. Os representantes de diversos movimentos sociais pretendem chamar atenção para os problemas que enfrentam os jovens brasileiros e dar um tom diferente ao desfile cívico-militar, que acontece na orla de Jaraguá.

Segundo Rafael Soriano, representante do MST, o Grito é mais um canal de expressão da vontade política do povo brasileiro que, após as manifestações de junho, entendeu que tem direito a serviços públicos adequados e de qualidade e exigi mudanças.

A programação do 19º Grito dos Excluídos conta com oficina de batucada, oficina de expressão social com fabricação de faixas e cartazes, oficina de teatro dos oprimidos e uma ‘Tribuna do povo’.

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