Um segundo turno de disputa

A conquista dos votos da Marina tornou-se crucial, porque a Dilma necessita algo em torno de 9 pontos a mais para ganhar e o Aecio necessita algo em torno de 17

A conquista dos votos da Marina tornou-se crucial, porque a Dilma necessita algo em torno de 9 pontos a mais para ganhar e o Aecio necessita algo em torno de 17
A conquista dos votos da Marina tornou-se crucial, porque a Dilma necessita algo em torno de 9 pontos a mais para ganhar e o Aecio necessita algo em torno de 17 (Foto: Emir Sader)


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(originalmente publicado na Carta Maior)

Pela quarta vez consecutiva o PT disputa o segundo turno com os tucanos. Foi assim com o Lula em 2002 e em 2006, com a Dilma em 2010 e volta a ser com ela em 2014.

A diferença esta vez é que a reserva de votos está à direita, com a Marina, e não à esquerda, como em outras vezes (como a própria Marina, ainda com parte do eleitorado progressista em 2010).

Desta vez o maior erro do governo – a desastrosa politica de comunicações – cobra um preço caro, ao consolidar falsos consensos, não combatidos: incompetência do governo, corrupção do PT, política econômica errada, a Petrobras é um problema, entre outros. Que geraram níveis de rejeição da Dilma e do PT, que se transformaram em teto para o crescimento da Dilma e dos candidatos do PT.

O enfrentamento com os tucanos é sempre melhor para o PT, pela comparação dos governos – o do FHC e os do Lula e da Dilma. E’ necessário desmistificar certos clichês que a direita fez circular, como o de que o país está em recessão, pelo menos demonstrando como a diminuição do nível de expansão da economia não cobrou seu preço em desemprego e diminuição dos salários que, ao contrário, seguiram melhorando.

Recordar o que eram as crises econômicas na era FHC, quando afetavam imediatamente o nível de emprego e o dos salários. Como se excluíam direitos, se precarizavam as relações de trabalho, se promovia a centralidade do mercado e a diminuição do tamanho do Estado, em que as privatizações se tornaram o maior caso de corrupção da história do país.

A isto se agrega agora a esmagadora derrota do candidato do Aecio em Minas, no primeiro turno, desmascarando a propaganda que ele fazia do trabalho que os tucanos tinham feito no estado sob o seu comando e que lhe teria dado um nível de apoio de mais de 90%. Tambem perdeu pra Dilma nas eleições presidenciais no seu próprio estado.

A disputa, nos termos colocados no primeiro turno, será dura. Pesquisas – por mais desprestigiadas que sejam – na quinta, procurarão dar a liderança ao Aecio, enquanto a mídia segue sua pressão para que a Marina e o PSB apoiem o Aecio. Mas a recuperação de iniciativa da nossa parte tem que vir em torno desses dois temas de crítica – salario mínimo do Arminio e derrota em Minas – e em torno de intensificação do trabalho militante e de concentrações dos movimentos populares, na resistencia ao retorno do neoliberalismo. O jogo está posto, está aberto e pode ser vencido.

A conquista e/ou neutralização dos votos da Marina tornou-se crucial, porque a Dilma necessita algo em torno de 9 pontos a mais para ganhar e o Aecio necessita algo em torno de 17. Alem de que a Dilma pode ganhar votos de candidatos considerados nanicos. Nessa margem de disputa se decidirá o segundo turno.

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