Defesa de Lula diz que MP barrou acesso a inquérito
Advogado criminalista Cristiano Zanin Martins, que atua na defesa do ex-presidente Lula, disse estar sendo impedido pelo Ministério Público de acessar partes do inquérito que investiga uma possível ocultação de patrimônio relacionada com a compra de um apartamento no Guarujá (SP); "Isso é inaceitável, viola o processo legal e prejudica a atuação da defesa", afirmou; segundo o advogado, o promotor Casio Conserino teria negado seu pedido de acesso a depoimentos que foram veiculados na imprensa alegando que o material ainda não foi anexado aos autos
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247 - O advogado criminalista Cristiano Zanin Martins, que atua na defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, disse estar sendo impedido pelo Ministério Público de São Paulo de acessar partes do inquéritos que tratam da apuração sobre uma possível ocultação de patrimônio pelo ex-presidente relacionado com a compra de um apartamento no Guarujá, litoral de São Paulo.
Martins relata que tentou ter acesso aos depoimentos citados em matérias veiculadas pela imprensa, mas o promotor Casio Conserino, responsável pela investigação, teria negado o pedido alegando que o material ainda não foi anexado aos autos do inquérito.
"Isso é inaceitável, viola o processo legal e prejudica a atuação da defesa", afirmou, segundo reportagem do blog de Fausto Macedo, do 'Estado'. Tanto Lula quanto sua esposa, a ex-primeira dama Marisa Letícia, prestarão depoimento ao Ministério Público no próximo dia 17.
O advogado ressalta que mesmo com a imprensa já tendo veiculado partes dos depoimentos, a defesa ainda não conseguiu acessar o material para traçar a estratégia defesas que será utilizada no caso. "Vamos fazer uma análise da atuação do promotor e tomar as medidas necessárias para que sejam preservados os direitos que são do ex-presidente e de qualquer cidadão", declarou o advogado.
Ele voltou a afirmar que a tese inicial do Ministério Público foi desmontada após o Instituto Lula divulgar que o ex-presidente nunca foi proprietário do imóvel no Guarujá. Conserino, por sua vez, diz que não negou o acesso aos documentos e que uma advogada de Lula teria, inclusive, fotografado os 14 volumes do inquérito.
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