Gaspari: caçar reitor virou um hobby exibicionista
O jornalista Elio Gaspari criticou neste momento a escalada autoritária contra as universidades brasileiras; ao comentar as operações da Polícia Federal na UFSC e UFMG, Gaspari lembra que a lei diz que a condução coercitiva é necessária para levar à delegacia a pessoa que não atendeu a uma intimação. "Houve intimação? Nem pensar. Qual a lógica de conduzir uma pessoa à delegacia, com a publicidade produzida pela autoridade coatora, em cima de um inquérito que corre em sigilo?", questiona
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247 - O jornalista Elio Gaspari criticou neste momento a escalada autoritária contra as universidades brasileiras. Ele comentou a recente operação da Polícia Federal contra a Universidade Federal de Minas e as conduções coercitivas do reitor Jaime Artur Ramirez, a vice-reitora, duas ex-vice-reitoras e o presidente da Fundação de Desenvolvimento e Pesquisa.
"Os professores viram-se expostos, mas não se apresentou qualquer acusação específica contra eles. Tipo 'A' é acusado disso, 'B' é acusado daquilo. Não custa lembrar que o reitor da Federal de Santa Catarina estaria envolvido num desvio de R$ 80 milhões. Ele não fora ouvido e não era acusado de ter desviado um só centavo, nem o desvio teria sido de R$ 80 milhões, pois esse era o valor de todo um programa plurianual. Luis Carlos Cancellier matou-se", lembra Gaspari.
O jornalista afirma que a lei diz que a condução coercitiva é necessária para levar à delegacia a pessoa que não atendeu a uma intimação. "Houve intimação? Nem pensar. Qual a lógica de conduzir uma pessoa à delegacia, com a publicidade produzida pela autoridade coatora, em cima de um inquérito que corre em sigilo?", questiona.
"Voltando-se ao episódio de Santa Catarina, passaram-se dois meses e as autoridades ainda não produziram uma só acusação documentada. Tomara que o façam, porque na operação de outubro foram mobilizados mais de cem policiais. Se alguém acha que esse tipo de espetáculo doura a imagem dos policiais, procuradores e juízes que investigam ladroeiras, deve suspeitar que se dá o contrário: 'O resultado será absolutamente negativo'", diz o colunista da Folha de S. Paulo.
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