Leonardo Yarochewsky: Lula é punido por tirar 40 milhões da invisibilidade

O jurista Leonardo Yarochewsky elenca, em entrevista à TV 247, algumas das arbitrariedades cometidas com o ex-presidente; "Podemos aceitar que Lula tenha sido condenado por um apartamento que nunca foi dele? Além disso, é constitucional esperar o fim do trânsito em julgado para deter ou não alguém, o que não ocorreu com Lula, devido ao STF ceder às pressões externas. Tais circunstâncias explicitam que o propósito é tirar Lula das eleições", condena; assista à íntegra

O jurista Leonardo Yarochewsky elenca, em entrevista à TV 247, algumas das arbitrariedades cometidas com o ex-presidente; "Podemos aceitar que Lula tenha sido condenado por um apartamento que nunca foi dele? Além disso, é constitucional esperar o fim do trânsito em julgado para deter ou não alguém, o que não ocorreu com Lula, devido ao STF ceder às pressões externas. Tais circunstâncias explicitam que o propósito é tirar Lula das eleições", condena; assista à íntegra
O jurista Leonardo Yarochewsky elenca, em entrevista à TV 247, algumas das arbitrariedades cometidas com o ex-presidente; "Podemos aceitar que Lula tenha sido condenado por um apartamento que nunca foi dele? Além disso, é constitucional esperar o fim do trânsito em julgado para deter ou não alguém, o que não ocorreu com Lula, devido ao STF ceder às pressões externas. Tais circunstâncias explicitam que o propósito é tirar Lula das eleições", condena; assista à íntegra (Foto: Lais Gouveia)


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TV 247 - O professor e advogado Leonardo Yarochewsky destacou, em entrevista à TV 247, as arbitrariedades do judiciário brasileiro em abandonar o conceito de presunção de inocência e, por consequência, a Constituição. Na opinião do jurista, a prisão do ex-presidente Lula é claramente política. “Lula está sendo punido porque tirou 40 milhões de brasileiros da invisibilidade”, condena.

Yarochewsky comenta uma recente pesquisa em que 90% da população considera o sistema judiciário parcial. “Basta olharmos para o sistema penal. O Brasil tem hoje 700 mil presos, desse número 340% estão detidos provisoriamente, ou seja, quase 300 mil pessoas. E esses considerados criminosos são negros, pobres e periféricos, os miseráveis que se encontram mais vulneráveis”, denuncia.

Indagado sobre a conjuntura, o advogado considera que há em curso no País a criminalização da política. “Por que Lula está sendo perseguido? Porque o ex-presidente tirou da invisibilidade 40 milhões de pessoas”, destaca.

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Ele discorre sobre o ódio presente no País. “A classe média nunca tolerou ser governada por um homem de origem analfabeta e miserável, que fundou o maior partido dos trabalhadores da América Latina. A elite nunca suportou os pobres serem vistos em aeroportos, restaurantes e universidades. Por isso, na primeira oportunidade que tiveram de degolar Lula, o fizeram”, opina.

Ainda sobre as arbitrariedades do Judiciário, Yarochewsky observa a gravidade dos fatos. “Se grampearam uma presidenta da República, imaginem o que o Judiciário é capaz de fazer com os mais miseráveis na periferia, aqueles que não possuem direito de defesa algum”, explana.

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O jurista considera que os fins não podem justificar os meios, como no caso dos métodos utilizados na Operação Lava Jato. “Com esse discurso de combate à corrupção, têm-se violado direitos e garantias fundamentais, portanto, independente de ser a Dilma Rousseff ou Bolsonaro, todos são atingidos, por isso defendemos lutar pelo resgate da legalidade democrática e o direito às garantias fundamentais”, salienta.

“A consequência da Operação Lava Jato, com toda a sua construção midiática, são penas elevadíssimas, cerceamento de direitos e garantias, presunções sendo colocadas acima das provas”, alerta.

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O exemplo da condenação política de Lula exemplifica as arbitrariedades cometidas pela Lava Jato, como descreve Yarochewsky na entrevista. “Podemos aceitar que Lula tenha sido condenado por um apartamento que nunca foi dele? Além disso, é constitucional esperar o fim do trânsito em julgado para deter ou não alguém, o que não ocorreu com Lula, devido ao STF ceder às pressões externas. Tais circunstâncias explicita que o propósito é tirar Lula das eleições. Para agravar mais o quadro, temos uma OAB covarde e omissa”, observa.

Leonardo Yarochewsky aponta um outro tentáculo poderoso no País: a Rede Globo. “A emissora manda no país e no Judiciário, dita as leis, faz campanha, ameniza situações graves, derruba presidente. Na campanha que Lula perdeu para o Collor tal influência ficou nítida. Considero que essa promiscuidade só seria freada com a democratização da mídia”, argumenta.

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Democratização do acesso ao ensino superior

Leonardo Yarochewsky deu aula na Pontifícia Universidade Católica (PUC) durante 26 anos e viu o ensino superior se transformar. “Confesso que nos governos Lula e Dilma finalmente negros e pobres ingressaram na universidade, antes ficavam de fora tomando conta de estacionamento. É forte ver essa possibilidade de ascensão. É muito importante poder ter o mínimo de dignidade na vida”, conclui.

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