Luka Franca: quanto mais falarmos do aborto, mais quebraremos tabus

Lula Franca, militante feminista e membro do PSOL, explica a importância da audiência pública do STF que debaterá a descriminalização do aborto até a 12ª semana de gestação; ela ressalta que "é sempre importante lembrar que o Estado é laico" "e que a crença das pessoas não podem permear políticas públicas do Estado"; assista a íntegra da entrevista

Luka Franca: quanto mais falarmos do aborto, mais quebraremos tabus
Luka Franca: quanto mais falarmos do aborto, mais quebraremos tabus (Foto: Editora Brasil 247 | Rovena Rosa/Agência Brasil)


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TV 247 - A militante feminista e membro do setorial de mulheres do PSOL, Lula Franca, concedeu entrevista à TV 247 relatando detalhes da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF 442), ação que reivindica a descriminalização do aborto até a 12ª semana de gestação. A audiência pública foi iniciada nesta sexta-feira (3) no Supremo Tribunal Federal (STF) e ocorrerá até a próxima segunda-feira (6). 

Luka explica que, em 2017, o PSOL e a "Anis- instituto de bioética", entraram no STF com a ADPF 442 questionando a validade dos artigos 124 e 126 do Código Penal. A ministra Rosa Weber, relatora da ação, propôs essa audiência pública e diversos"amicus curiae", (organizações e entidades que querem participar da audiência) já se inscreveram para participar da discussão no STF. "O mais interessante é que a grande maioria destas instituições são favoráveis ao aborto", elucida. 

Em paralelo com o debate no STF, Entre os dias três e oito de agosto ocorrerá em Brasília o "Festival pela Vida das Mulheres". "Dia oito, ocorrerá na Argentina a votação da legalização do aborto no Senado, estamos unificando essa luta numa pauta da América Latina", explica Luka. 

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Ela afirma que o debate da descriminalização e legalização do aborto precisam ser tratados em conjunto, "É importante travar o debate com a ADPF, mas reivindicar que o aborto seja legal via Sistema Único de Saúde". 

"Quanto mais falarmos na questão do aborto, mais o ato deixará de ser tabu. Precisamos sempre lembrar que o nosso Estado é laico, a crença que eu tenho não pode permear políticas públicas do Estado", salienta Luka. 

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