Bolsonaro quer acabar com desapropriação de terras flagradas com trabalho escravo

O programa de governo do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL-RJ) propõe retirar da Constituição uma regra que determina a desapropriação de propriedades em que seja encontrado trabalho escravo; a proposta visa proteger a propriedade privada; o tema é mencionado na página 32 do programa e não há explicação direta de quem seriam os beneficiados com a medida

Bolsonaro quer acabar com desapropriação de terras flagradas com trabalho escravo
Bolsonaro quer acabar com desapropriação de terras flagradas com trabalho escravo (Foto: Reprodução/TV Cultura)


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247 - O programa de governo do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL-RJ) propõe retirar da Constituição uma regra que determina a desapropriação de propriedades em que seja encontrado trabalho escravo. A proposta visa proteger a propriedade privada. O tema é mencionado na página 32 e não há explicação direta de quem seriam os beneficiados com a medida.

O trecho literal é: "Retirar da Constituição qualquer relativização da propriedade privada, como exemplo nas restrições da EC/81", diz o trecho do programa de governo.

Promulgada em 5 de junho de 2014, a emenda constitucional 81 ficou conhecida como "PEC do trabalho escravo" por incluir na Constituição a determinação de que fossem "expropriadas e destinadas à reforma agrária e programas de habitação popular" todas as propriedades rurais e urbanas nas quais se encontrasse exploração de trabalho escravo. Até então, essa regra valia apenas para propriedades em que fossem encontradas cultivo de "plantas psicotrópicas".

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"Bolsonaro já tinha feito críticas públicas ao que considera "excessos" na fiscalização do trabalho escravo. Em evento com prefeitos em Brasília em maio o presidenciável defendeu que trabalho "análogo à escravidão" não podia ser tratado como escravo.

A definição sobre trabalho escravo provocou polêmica no ano passado quando o governo editou uma portaria mudando a regulamentação do que seria enquadrado nos critérios de fiscalização. A portaria acabou sendo revogada diante da repercussão. Alterações na legislação são defendidos pela bancada ruralista, que entende haver falta de critérios claros para o enquadramento."

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