Rubens Ricupero anuncia voto em Haddad

Considerado um dos mais experientes diplomatas do país e uma das principais referências do PSDB, o jurista e ex-ministro Rubens Ricupero diz que nunca votou no PT, mas declarou que irá votar Fernando Haddad; para ele, as propostas de Jair Bolsonaro (PSL) podem “deixar o Brasil mais pobre, isolado e desprezado" junto à comunidade internacional; declaração de voto é no mesmo espírito do ex-governador de São Paulo e ex-presidente do PSDB Alberto Goldman

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247 - Considerado um dos mais experientes diplomatas do país e uma das principais referências do PSDB, o jurista e ex-ministro Rubens Ricupero diz que nunca votou no PT, mas declarou que irá votar Fernando Haddad. Sua declaração de voto é no mesmo espírito do ex-governador de São Paulo e ex-presidente do PSDB Alberto Goldman (leia aqui). Segundo ele, que foi ministro da Fazenda e do meio Ambiente, um dos fatores que mais pesaram em sua decisão foi o respeito da Plataforma de Haddad no que diz respeito aos temas ligados ao meio ambiente. Para ele, as propostas do candidato de extrema direita Jair Bolsonaro (PSL) podem “deixar o Brasil mais pobre, isolado e desprezado" junto à comunidade internacional. 

Para mim, é critério eliminatório qualquer candidato que revele desconhecimento da questão ambiental ou má vontade. Nunca votei no PT. Não vou votar no PT, mas no Haddad, porque tem uma plataforma ambiental que aplaudo. Na outra há sinais inequívocos de que se trata de candidatura que tende a ser hostil ao tema”, disse Ricupero em entrevista ao jornal Valor Econômico. Para ele, a proposta feita por Bolsonaro para fundir os ministérios da Agricultura e do Meio Ambiente – e que agora foi suavizada para uma espécie de fatiamento da pasta ambiental – é “absurda” e “inquientante”. 

“São absurdas (as propostas). Nem os EUA, que tem hoje posição hostil ao ambiente, acabaram com a agência ambiental do país. É inquietante. Como o MMA trata de muitas coisas, querer valorizar a dimensão da agricultura apontava claramente para o desmatamento. Só não se dizia isso com todas as letras”. “Meio ambiente deveria integrar todo o pensamento do governo sobre desenvolvimento. Como não se faz isso porque é difícil, a segunda melhor opção é ter um ministério. Eliminá-lo teria consequências graves”, avalia.

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Para o ex-ministro uma eventual saída do Acordo de Paris, como defendido por Bolsonaro será um “erro cataclísmico” que resultará graves prejuízos para o Brasil. “Sair do Acordo é dar um pretexto fantástico também para os países que querem proteger mercado. O Brasil terá um prejuízo gigantesco na única área em que é competitivo. E ele tem ideias mais extravagantes".

Para ele, Bolsonaro “já tem uma imagem no mundo que não podia ser pior. Nos quatro temas que hoje em dia definem a imagem de países e pessoas - direitos humanos, ambiente, igualdade de gênero e tolerância da diversidade- a posição dele não poderia ser mais precária. Ele já entra (caso eleito) com rejeição mundial”.

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Leia a íntegra da entrevista.

 

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