Fernando Horta desnuda a característica do fascismo crescente no Brasil

O historiador Fernando Horta ressalta que 'uma das características mais desconcertantes do fascismo é que os sujeitos simplesmente param de agir através de um cálculo racional da relação custo-benefício de suas ações. Passam a fazer "sacrifícios" e tomar decisões com um falso "altruísmo" que, no fundo, mascara o autoritarismo, especialmente em seus estágios iniciais' e que 'este mesmo problema, do fim do modelo de ator racional, tem pego despreparados inúmeros analistas'

Fernando Horta desnuda a característica do fascismo crescente no Brasil
Fernando Horta desnuda a característica do fascismo crescente no Brasil (Foto: Wilson Dias/Agência Brasil)


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247 - O historiador Fernando Horta ressalta que 'uma das características mais desconcertantes do fascismo é que os sujeitos simplesmente param de agir através de um cálculo racional da relação custo-benefício de suas ações. Passam a fazer "sacrifícios" e tomar decisões com um falso "altruísmo" que, no fundo, mascara o autoritarismo, especialmente em seus estágios iniciais" e que "este mesmo problema, do fim do modelo de ator racional, tem pego despreparados inúmeros analistas".

"Jessé Souza escreveu artigo recente afirmando que a derrota eleitoral que a esquerda sofreu em 2018 ocorreu porque "os candidatos progressistas não entenderam o que estava em jogo na campanha". No corpo do texto, o sociólogo dispara contra Haddad e Ciro, afirmando que "quando a esquerda não denuncia este esquema elitista", o ganho financeiro privado via manipulação instrumentos coercitivos do Estado, "o legitima e o valida expressamente". Para Jessé, "imaginar uma oposição abstrata entre democracia e fascismo" "sem explicar as causas da pobreza real, é de uma ingenuidade fantástica"", observa. 

"Na explicação de Jessé está mudo o uso do modelo de ator racional. Como se as pessoas percebessem a realidade empírica e, através de uma análise pragmática dos custos e benefícios, optassem pela alternativa que tivesse o melhor resultado positivo sempre. Não é a primeira vez que Jessé comete este deslize, de atribuir a atores um domínio da informação que beira a perfeição e racionalizar todas as ações e resultados ocorridos através da atribuição de causa e efeito que, simplesmente, não existem. Jessé faz uma "engenharia reversa" do passado utilizando informações que ele tem (por estar adiante do tempo em que os sujeitos agiram), e tomando todo o caminho explicativo até o futuro do analista como determinado racionalmente. Isto é errado e é chamado na História de "teleologia"", explica.

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