Fernando Horta: Bolsonaro é o homem preferido de Trump

O historiador Fernando Horta aponta as novas relações de subserviência do Brasil com os EUA;"se o Brasil iniciar conflitos com a Venezuela, por exemplo, darão aos EUA a melhor desculpa para militarizarem ainda mais a América Latina, tomarem posse de riquezas estratégicas e mobilizarem sua imensa estrutura de guerra em “defesa da liberdade e da democracia", condena, expondo o quanto o Brasil sairá prejudicado; "Por qualquer ângulo que se olhe a questão, ainda que assumidas vencedoras e bem-sucedidas todas as iniciativas dos planos de Trump e Bolsonaro, o Brasil sai menor, mais pobre e com a estabilidade do mundo em posição mais frágil ainda"

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247 - Em artigo, o historiador Fernando Horta aponta as novas relações de subserviência do Brasil com os EUA; "Aqui entra um líder fascista e ignorante de uma nação jogada ao espaço diplomático da periferia política do mundo em anos recentes, mas que tem imensas reservas de petróleo, de população e ódio de classe".

"Os Bolsonaros não foram aos EUA usar bonezinho e bater continência como subservientes e domesticados ignorantes que são por decisão própria. Eles são por demais primitivos para isto. A própria eleição de Bolsonaro e o alinhamento acrítico e submisso que se está construindo são, em verdade, a possível salvação de Trump", aponta. 

O historiador aponta que, "se o Brasil iniciar conflitos com a Venezuela, por exemplo, darão aos EUA a melhor desculpa para militarizarem ainda mais a América Latina, tomarem posse de riquezas estratégicas e mobilizarem sua imensa estrutura de guerra em “defesa da liberdade e da democracia”". 

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"A indústria bélica dos EUA (parte do motor da economia de lá) volta a se movimentar e a indústria financeira de empréstimos (outra parte do motor da economia deles) voltará a irrigar “as nações amigas” para a guerra. Trump não vai pagar o custo de ser o iniciador o conflito. Se o plano der certo, Trump vai “apenas auxiliar” nações livres na luta contra as “ditaduras” e nisto vai se apossar fisicamente da América Latina e provocar Rússia e China antes que elas atinjam maior desenvolvimento econômico e bélico", projeta. 

"No jargão popular, por este plano, o Brasil entra com a carne e os EUA com o espeto. É sempre melhor quando são os jovens de outros países que morrem pelas causas norte-americanas. E melhor ainda se eles fazem isto com furor e acreditando que livram o mundo de algum “mal”". 

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"Por qualquer ângulo que se olhe a questão, ainda que assumidas vencedoras e bem-sucedidas todas as iniciativas dos planos de Trump e Bolsonaro, o Brasil sai menor, mais pobre e com a estabilidade do mundo em posição mais frágil ainda".

"Até agora uma parte significativa da população brasileira deu um cheque em branco a um ignorante que se elegeu sem falar nada sobre o que iria fazer. Mas até agora o custo do fracasso não era muito pior (na visão deles) do que os tenebrosos anos Temer. Agora, estamos falando de guerra, de conflito mundial e de realinhamento internacional. Que os envolvidos estejam avisados e que saibam que meus filhos não comporão nenhuma corporação militar de fanáticos para morrerem por ignorantes estrangeiros que comandam um fascista descerebrado em algum canto esquecido do mundo", lamenta. 

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