Míriam Leitão: militares aceitarão ser bucha de canhão do bolsonarismo?

Em sua coluna no jornal O Globo intitulada "A questão militar no atual governo", a jornalista Míriam Leitão diz que "o risco é [os militares] virarem bucha de canhão nas guerras que interessam apenas ao bolsonarismo"; "Esta simbiose com o governo Bolsonaro é o movimento mais arriscado feito nos últimos tempos pelas Forças Armadas. Elas estão emprestando seu prestígio a um governo cheio de controvérsias e conflituoso", afirma

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247 - Em sua coluna no jornal O Globo intitulada "A questão militar no atual governo", a jornalista Míriam Leitão diz que "o risco é [os militares] virarem bucha de canhão nas guerras que interessam apenas ao bolsonarismo".

"Esta simbiose com o governo Bolsonaro é o movimento mais arriscado feito nos últimos tempos pelas Forças Armadas. Elas estão emprestando seu prestígio a um governo cheio de controvérsias e conflituoso", afirma.

Segundo a colunista, "o governo Bolsonaro é resultado de uma mistura eclética. Há o ultraconservadorismo dos costumes, que não tem necessariamente correspondência com os valores da instituição, nem é conveniente estar ligado à imagem das Forças. Até porque é um conservadorismo farisaico, que gosta de proclamar-se, mas não viver sob aqueles ditames".

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"Que relação tem alguém que diz, como Bolsonaro, que usava o auxílio-moradia para 'comer gente' com a defesa da família tradicional? A interferência da religião em decisões de Estado também não tem conexão com os valores laicos das Forças Armadas. Nelas, integrantes de várias denominações convivem", acrescenta.

Míriam afirma que "a guerrilha digital do bolsonarismo continua atacando os que manifestam qualquer divergência em relação ao governo. Seus líderes, inclusive os filhos do presidente, não entenderam o básico sobre o que é governar. Não lançam pontes, aprofundam as divisões. Não diluem desentendimentos, cultivam rancores. Não cedem, querem a eliminação dos que divergem".

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"O episódio do ataque a Lula, protagonizado pelo deputado Eduardo Bolsonaro, no momento em que o ex-presidente vivia dor profunda, é uma demonstração do problema. Essa cultura do conflito não faz bem à imagem das Forças Armadas, que precisam ser vistas como instituições de todo o país, e não de uma facção política e ideológica", continua.

"Há também os casos de corrupção que começaram precocemente a aparecer no novo governo. Movimentações bancárias suspeitas e candidaturas-laranja. Tudo próximo ao centro do novo governo. Isso constrange qualquer sócio do poder que defenda com sinceridade o combate à corrupção", complementa.

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