No ritmo atual, desigualdade de gênero no trabalho doméstico só acaba em 209 anos

Relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT) divulgado nesta quinta-feira (7) por ocasião do Dia Internacional da Mulher, celebrado amanhã, mostra que, mantido o atual ritmo de diminuição da distância entre mulheres e homens na realização de trabalhos domésticos e de cuidados, a igualdade só poderia ser alcançada em 2228, ou seja, em 209 anos

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Rede Brasil Atual - Relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT) divulgado nesta quinta-feira (7) por ocasião do Dia Internacional da Mulher, celebrado amanhã, mostra que, mantido o atual ritmo de diminuição da distância entre mulheres e homens na realização de trabalhos domésticos e de cuidados, a igualdade só poderia ser alcançada em 2228, ou seja, em 209 anos.

"Uma série de fatores está bloqueando a igualdade no emprego, e o que desempenha um papel maior é o trabalho de cuidar", analisa a diretora do Departamento de Condições de Trabalho e Igualdade da OIT Manuela Tomei. “Nos últimos 20 anos, a quantidade de tempo que as mulheres gastaram com cuidados não remunerados e trabalho doméstico quase não diminuiu, e a de homens aumentou apenas oito minutos por dia. Nesse ritmo, serão necessários mais de 200 anos para alcançar a igualdade no tempo gasto em trabalho de assistência não remunerado."

Em todo o mundo, segundo o documento, intitulado Um salto quântico pela igualdade de gênero: Para um melhor futuro do trabalho para todos, há 647 milhões de mulheres em idade de trabalhar (21,7% do total da população feminina) que realizam trabalhos de cuidados não remunerados (1,5%). De acordo com a entidade, para se chegar uma situação de equidade de gênero seria necessária a implementação de medidas e políticas públicas concretas.

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“Não conseguiremos um futuro do trabalho com a justiça social de que precisamos a menos que aceleremos a ação para melhorar o progresso na igualdade de gênero. Já sabemos o que precisa ser feito ”, pontua o diretor-geral da OIT Guy Ryder. “Precisamos implementar uma agenda transformadora que inclua a imposição de leis e regulamentações – talvez possamos até mesmo revisitar essas leis e regulamentos – apoiada pelo investimento em serviços que nivelem o campo de atuação para as mulheres, como cuidados e proteção social, e uma abordagem mais flexível para as horas de trabalho e para as carreiras profissionais.”

O cenário de desigualdade penaliza ainda mais as mulheres que são mães. Apenas 25% dos cargos com posição de chefia são ocupados por mães de crianças com até 6 anos de idade, participação que sobe para 31% quando se consideram mulheres sem filhos pequenos. A diferença salarial entre homens e mulheres continua em média 20% maior para eles.

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Com informações de El Diario e OIT

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