Dilma: discurso de ódio dos governantes autoriza a prática da violência

A presidente deposta Dilma Rousseff afirmou que, dede o golpe de 2016, há um desmonte das políticas públicas de proteção às mulheres e uma fragilização das leis; "Piorou desde o ano passado, com a eleição de um governo ultraconservador, com inequívocas tendências fascistas. A partir daí, os misóginos, o ultra conservadorismo, os anti-gênero passaram a se sentir autorizados a agir sem se submeter a práticas de civilidade e aos controles da sociedade", disse

Dilma: discurso de ódio dos governantes autoriza a prática da violência
Dilma: discurso de ódio dos governantes autoriza a prática da violência (Foto: Leonardo Contursi/CMPA)


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247 - A presidente deposta Dilma Rousseff (PT) criticou o desmonte das políticas públicas para proteção das mulheres criadas no seu governo e no do ex-presidente Lula.

De acordo com a presidenta eleita, o golpe contra o seu governo, em 2016, provocou a fragilização das leis e os programas que protegiam as mulheres como a Casa da Mulher Brasileira, o Disque-180, o Minha Casa Minha Vida para as pessoas mais pobres, o direito trabalhista para as empregadas domésticas, e tantos outros.

"Piorou desde o ano passado, com a eleição de um governo ultraconservador, com inequívocas tendências fascistas. A partir daí, os misóginos, o ultra conservadorismo, os anti-gênero passaram a se sentir autorizados a agir sem se submeter a práticas de civilidade e aos controles da sociedade. O discurso de ódio dos governantes autoriza a prática da violência", enfatizou.

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Confira a íntegra da nota divulgada por ocasião do Dia Internacional da Mulher.

DIA DA MULHER É DIA DE LUTA

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Na data em que o mundo comemora o Dia Internacional da Mulher, estamos a sete dias de completar um ano do assassinato de Marielle Franco. Até hoje, os seus assassinos não foram presos, embora os investigadores saibam que são milicianos do Rio com relações bastante próximas de pessoas que estão no poder.

O paradoxo entre a celebração de uma data importante para as mulheres de todo o mundo e a impunidade dos assassinos de uma ativista dos direitos da mulher no Brasil mostra o quanto ainda precisamos avançar.

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Ser mulher, hoje mais do que nunca, é lutar, resistir, enfrentar, fazer-se ouvir e gritar contra a prática impune do feminicídio, a cultura do estupro, a violência machista, a misoginia e o preconceito que atingem a maioria de nós, sobretudo as mais pobres, as negras, as LGBTIs e todas as que são alvo da violência em casa ou nas ruas.

A violência contra a mulher no Brasil não tem diminuído nos tempos recentes e isto tem também relação com o fato de ter sido deposta, ilegalmente, em 2016, a primeira mulher eleita e reeleita presidenta da República.

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Com a minha destituição, fragilizaram-se as leis e os programas que havíamos criado para proteger as mulheres, como a Casa da Mulher Brasileira, o Disque-180, o MCMV para as pessoas mais pobres, o direito trabalhista para as empregadas domésticas, e tantos outros. Piorou desde o ano passado, com a eleição de um governo ultraconservador, com inequívocas tendências fascistas. A partir daí, os misóginos , o ultra conservadorismo, os anti-gênero passaram a se sentir autorizados a agir sem se submeter a práticas de civilidade e aos controles da sociedade. O discurso de ódio dos governantes autoriza a prática da violência.

Ser mulher, hoje, em nosso país, exige valentia, sororidade, união e resistência.

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Ser mulher é um ato de coragem.

Devemos lutar juntas por nossos direitos, sobretudo pelo direito à vida digna para todos, para que os Dias Internacionais da Mulher que virão nos ofereçam novos motivos de celebração.

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DILMA ROUSSEFF


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