Defesa: indiciamento da PF contra Lula e seu filho é 'opinativo e com fragilidade jurídica'

A Polícia Federal indiciou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o filho Luís Cláudio acusando-os de suposta lavagem de dinheiro e tráfico de influência; a investigação transforma a prestação de serviços na área de marketing esportivo em pagamentos de propinas; para a defesa, o relatório da PF é "opinativo, com fragilidade jurídica e distanciamento da realidade dos fatos"  

Defesa: indiciamento da PF contra Lula e seu filho é 'opinativo e com fragilidade jurídica'
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247 - A Polícia Federal indiciou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o filho Luís Cláudio acusando de suposta lavagem de dinheiro e tráfico de influência por pagamentos para a empresa de marketing esportivo Touchdown. O caso se arrasta desde 2017, quando a empresa passou a ser investigada pela Polícia Federal a partir das delações premiadas feita por executivos da Odebrecht.

"O relatório produzido pela autoridade policial não tem qualquer implicação processual e muito menos afasta a garantia constitucional da presunção de inocência em favor do ex-Presidente Lula e de seu filho Luis Claudio", afirma os advogados por meio de nota.

A defesa do ex-presidente destaca ainda que o inquérito é um "mero documento opinativo, com enorme fragilidade jurídica e distanciamento da realidade dos fatos, que dá sequencia ao "lawfare" praticado contra Lula e seus familiares".

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A juíza Bárbara de Lima Issepi, da 4ª Vara Criminal Federal de São Paulo, determinou que a investigação seja encaminhada para uma vara especializada em crimes financeiros.

A acusação se sustenta da delação do executivo Alexandrino Alencar, que disse que, em 2011, o ex-presidente Lula pediu ajuda a Emílio Odebrecht para que o filho Luís Cláudio iniciasse a carreira de empresário.

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Na época, o instituto Lula divulgou nota enfatizando que a acusação era um relatos unilateral "para a obtenção de benefícios judiciais".

"Mesmo que o relato de Alexandrino Alencar seja verdadeiro, os fatos teriam acontecido após Lula ter deixado a presidência, quando não exercia nenhum cargo público e sequer seriam atos ilegais", destacou a nota da defesa do ex-presidente.

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O próprio Alexandrinho disse em depoimento que o pedido de Lula era "um pai pedindo para outro pai", sem que isso denotasse uma vantagem.

Confira a íntegra da nota da defesa de Lula:

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"O relatório produzido pela autoridade policial não tem qualquer implicação processual e muito menos afasta a garantia constitucional da presunção de inocência em favor do ex-Presidente Lula e de seu filho Luis Claudio.

Trata-se de mero documento opinativo, com enorme fragilidade jurídica e distanciamento da realidade dos fatos, que dá sequencia ao "lawfare" praticado contra Lula e seus familiares.

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Lula jamais solicitou ou recebeu, para si ou para terceiros, qualquer valor da Odebrecht ou de outra empresa a pretexto de influir em ato da ex-Presidente Dilma Rousseff ou de qualquer outro agente público. Tampouco teve qualquer atuação nas atividades da TOUCHDOWN, empresa de titularidade de seu filho Luis Claudio que organizava um campeonato nacional de futebol americano.

Luis Claudio, por seu turno, comprovou serem mentirosas as afirmações de delatores da Odebrecht. A empreiteira jamais suportou os custos de fornecedores da TOUCHDOWN. Especificamente no caso do grupo CONCEPT, referido por tais delatores, Luis Claudio apresentou o contrato de prestação de serviços firmado com a TOUCHDOWN e comprovou ter feito todos os pagamentos dos honorários contratados e das despesas incorridas durante a prestação dos serviços.

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Espera-se que o Ministério Público Federal de São Paulo, a quem cabe a análise do material, siga a lei e encerre o caso em relação ao ex-Presidente Lula e a Luis Cláudio, tendo em vista que eles não praticaram qualquer ato ilícito."

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