Damares pede demissão, Bolsonaro nega, mas ela diz que fica só até quando saúde aguentar

Conhecida por sua posição homofóbica, contrária aos direitos humanos, sofrendo acusações de diversos níveis, a ministra Damares Alves comunicou a Jair Bolsonaro que deixará o cargo; alega que está cansada e precisa cuidar da saúde, que anda debilitada; o presidente teria pedido para ela ficar "por quatro anos", mas ela disse que sai até dezembro; Damares revelou o pedido de demissão numa entrevista; depois, com a repercussão, deu nova entrevista para dizer que fica "até onde a minha saúde aguentar"; o pedido de Damares aprofunda a crise no governo Bolsonaro, que já enfrenta a ameaça de demissão de Sergio Moro 

Damares pede demissão, Bolsonaro nega, mas ela diz que fica só até quando saúde aguentar
Damares pede demissão, Bolsonaro nega, mas ela diz que fica só até quando saúde aguentar (Foto: Wilson Dias - ABR)


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247 - Conhecida por sua posição homofóbica, contrária aos direitos humanos, sofrendo acusações de diversos níveis, a ministra Damares Alves comunicou a Jair Bolsonaro que deixará o cargo. Ela alega que está cansada e precisa cuidar da saúde, que anda debilitada. Bolsonaro teria pedido para ela ficar "por quatro anos", mas ela disse que sai até dezembro. Damares revelou o pedido de demissão numa entrevista; depois, com a repercussão, deu nova entrevista para dizer que fica "até onde a minha saúde aguentar".  O pedido de demissão de Damares aprofunda a crise no governo Bolsonaro, que já enfrenta a ameaça de demissão de Sergio Moro (leia aqui).

Ela deu a informação sobre sua saída numa entrevista a Laryssa Borges, de Veja. Na manhã desta sexta-feira (3), com a repercussão da notícia, deu nova entrevista a Guilherme Waltenberg, do portal Metrópoles, na qual, no entanto, não desmente sua possível saída: “Ficarei neste governo até onde a minha saúde aguentar, mas tenho tido alguns problemas de saúde”. Ela não desmentiu a informação publicada pela jornalista Laryssa Borges, alegando apenas que "talvez tenha sido mal interpretada em alguma das falas".

A titular da pasta também teria recebido ameaças de morte, mas a informação não tem qualquer confirmação. O governo afirma que, por esse motivo, o Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI), teria orientado Damares a não antecipar sua agenda.

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A ministra tornou-se conhecida por suas declarações como, por exemplo, a de que atualmente não existe mais poligamia, porque "o homem pode ter quantas mulheres ele quiser ao mesmo tempo e quantos homens ele quiser ao mesmo tempo". "Um homem no Brasil poderá casar com quatro, cinco homens ao mesmo tempo. Isso já está acontecendo. Homens estão casando com quatro, cinco homens ao mesmo tempo. A família está sendo colocada em risco e Deus tem pressa de resolver isso", disse a titular da pasta em palestra. 

Em janeiro, circulou um vídeo na internet no qual ela diz ter início uma "nova era" no Brasil, onde "menino veste azul e menina veste rosa".

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Em 2013, a ministra disse que a Igreja perdeu espaço na sociedade brasileira ao "deixar" a "teoria da evolução entrar nas escolas" - na ocasião ela foi questionada sobre o papel da Igreja na política, e sinalizar que os evangélicos precisavam ocupar o espaço da ciência.

"A Igreja Evangélica perdeu espaço na História. Nós perdemos o espaço na ciência quando nós deixamos a teoria da evolução entrar nas escolas. Quando nós não questionamos. Quando nós não fomos ocupar a ciência. A Igreja Evangélica deixou a ciência para lá. 'Ah, vamos deixar a ciência caminhar sozinha'. E aí cientistas tomaram conta dessa área. E nós nos afastamos", disse ela em entrevista à pastora Cynthia Ferreira, do portal "Fé em Jesus".

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