PSDB e PSB formalizam aliança no Distrito Federal
No Distrito Federal, PSB e PSDB formalizaram, nesta terça-feira (14), aliança em apoio às candidaturas do tucano Aécio Neves à presidência da República, e do socialista Rodrigo Rollemberg ao governo da capital federal; iniciativa frustra as expectativas do também candidato ao Palácio do Buriti, Jofran Frejat (PR), que contava com o PSDB no segundo turno
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Brasília 247- O PSDB de Brasília declarou apoio à candidatura de Rodrigo Rollemberg (PSB) no segundo turno das eleições para o governo do Distrito Federal. A decisão foi anunciada após reunião da Executiva do partido na manhã desta terça-feira (14). Em nota publicada nesta tarde, Rollemberg retribuiu e declarou apoio à candidatura do tucano Aécio Neves à presidência da República. Rollemberg afirmou que a aliança entre PSB e PSDB representa o desejo da mudança no país.
O anúncio foi feito pelo deputado distrital eleito Raimundo Ribeiro (PSDB). O candidato do partido no primeiro turno, Luiz Pitiman, disse que 90% da legenda haviam apoiado a decisão inicialmente, mas que os 10% que optaram pela neutralidade ou pelo apoio a Jofran Frejat (PR) acabaram acatando o desejo da maioria.
Dias atrás, Pitimam foi procurado por Frejat em busca de apoio, mas a conversa não avançou. José Roberto Arruda (PR), ex-governador do DF que tentava um novo mandato nestas eleições, antes de ser impugnado, tinha em Aécio Neves seu voto declarado para presidente. Daí, a expectativa natural de Frejat em trazer Pitiman para seu lado.
Durante o discurso, Rollemberg falou em criar um ambiente propício ao empreendedorismo e à inovação no DF, além da instauração de um conseho de transparência composto exclusivamente por entidades da sociedade civil para acompanhar as contas de governo, o chamado controle social.
Na semana passada, o PSB decidiu apoiar a candidatura de Aécio por ampla maioria, o que provocou um racha entre os socialistas. O diretório regional da legenda no DF, no entanto, permaneceu alinhado aos tucanos. Rollemberg segue o posicionamento adotado por Marina Silva (PSB), sua principal cabo eleitoral, que concorreu à presidência e ficou em terceiro lugar.
A aliança se apresenta com motivação programática, mas também é a opção mais interessante para Rollemberg do ponto de vista do capital eleitoral. Segundo a mais recente pesquisa Ibope, realizada entre 10 e 12 de outubro, Aécio teria 69% dos votos válidos entre os eleitores da capital federal, contra 31% da presidente Dilma Rousseff(PT). Além disso, no primeiro turno, o tucano já havia sido o mais votado na unidade federal, com 36,10% dos votos válidos, seguido por Marina Silva (PSB), com 35,81%, e Dilma Rousseff, com 23,02%. Marina, que em 2010, foi a campeão de votos no DF, desta vez ficou atrás de seu novo aliado, Aécio Neves.
“Nós [PSB e PSDB], neste momento, representamos o desejo de mudança da população brasileira. Entendemos que para o fortalecimento da democracia seria muito importante a alternância de poder no plano nacional”, afirmou Rollemberg. O candidato disse que é necessário inaugurar um novo tempo de relações políticas no Brasil. “Precisamos acabar com o loteamento de governo, para que possamos fazer um governo eficiente, com metas e resultados, como o de Aécio em Minas Gerais.”
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