Dia de guerra em Brasília em torno da meta fiscal

Presidente do Congresso Nacional, senador Renan Calheiros confirmou que o projeto que altera o superávit primário deve ser votado hoje, mas ressaltou que é necessária a presença da maioria da base aliada para que a votação ocorra no início da noite; "Torço para que nós cheguemos ao fim (nesta terça). Primeiro, antes de qualquer coisa, é fundamental que nós tenhamos a maioria presente nas Casas", disse; projeto foi alvo de ação do PSDB, de Aécio Neves, no Supremo Tribunal Federal, e depois por parte de líderes da oposição; parlamentares acusam Dilma de crime de responsabilidade fiscal; à frente da base governista, Renan pode ainda emplacar seu aliado Vital do Rêgo no TCU

Presidente do Congresso Nacional, senador Renan Calheiros confirmou que o projeto que altera o superávit primário deve ser votado hoje, mas ressaltou que é necessária a presença da maioria da base aliada para que a votação ocorra no início da noite; "Torço para que nós cheguemos ao fim (nesta terça). Primeiro, antes de qualquer coisa, é fundamental que nós tenhamos a maioria presente nas Casas", disse; projeto foi alvo de ação do PSDB, de Aécio Neves, no Supremo Tribunal Federal, e depois por parte de líderes da oposição; parlamentares acusam Dilma de crime de responsabilidade fiscal; à frente da base governista, Renan pode ainda emplacar seu aliado Vital do Rêgo no TCU
Presidente do Congresso Nacional, senador Renan Calheiros confirmou que o projeto que altera o superávit primário deve ser votado hoje, mas ressaltou que é necessária a presença da maioria da base aliada para que a votação ocorra no início da noite; "Torço para que nós cheguemos ao fim (nesta terça). Primeiro, antes de qualquer coisa, é fundamental que nós tenhamos a maioria presente nas Casas", disse; projeto foi alvo de ação do PSDB, de Aécio Neves, no Supremo Tribunal Federal, e depois por parte de líderes da oposição; parlamentares acusam Dilma de crime de responsabilidade fiscal; à frente da base governista, Renan pode ainda emplacar seu aliado Vital do Rêgo no TCU (Foto: Gisele Federicce)


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BRASÍLIA (Reuters) - O presidente do Congresso Nacional, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), confirmou que o projeto que amplia os descontos na meta do superávit primário deve ser votado nesta terça-feira, mas ressaltou que é necessária a presença da maioria, composta por partidos da base aliada, para que a votação ocorra.

O Congresso reuniu-se na semana passada para limpar a pauta, na última terça, e depois na quarta para votar da proposta prioritária para o governo. Mas sem o número mínimo de parlamentares, inclusive da base, a votação do projeto teve de ser adiada para esta semana.

"Torço para que nós cheguemos ao fim (nesta terça). Primeiro, antes de qualquer coisa, é fundamental que nós tenhamos a maioria presente nas Casas. Se nós tivermos a maioria, a sessão vai andar normalmente, nos limites do regimento... Sem a maioria não dá para fazer nada", disse o presidente a jornalistas.

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Renan negou ainda que o Planalto esteja fazendo "chantagem" ao condicionar explicitamente, em decreto publicado em edição extra do Diário Oficial da União na sexta-feira, a liberação de recursos de emendas parlamentares à aprovação do projeto.

O decreto assinado pela presidente Dilma Rousseff, pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, e pela ministra do Planejamento, Miriam Belchior, amplia a destinação de recursos a diversos ministérios e emendas parlamentares e determina que a distribuição e utilização desse montante "ficam condicionadas à publicação da lei resultante da aprovação do PLN 36", justamente o projeto que altera a Lei de Diretrizes Orçamentárias e flexibiliza a meta fiscal.

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"Se nós não alterarmos a LDO, não vamos cumprir absolutamente nada. Não apenas as emendas, mas qualquer outra coisa vai deixar de ser cumprida pela falta de alteração da LDO. Então não é pré-condição, é consequência", disse o senador.

A proposta enviada pelo governo permite abater do cálculo da meta de superávit primário, que é a economia feita para pagamento de juros da dívida, a totalidade das desonerações tributárias feitas pelo governo e dos investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

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Na prática, o projeto desobriga o governo federal de realizar um superávit primário. Governistas argumentam que o projeto é necessário para garantir as desonerações e os investimentos em infraestrutura, já a oposição argumenta que o texto visa livrar Dilma do crime de responsabilidade por descumprimento da meta.

O presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), defendeu o decreto presidencial, considerando-o uma "leitura correta para que não se cobre depois aquilo que não se poderá ter".

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"Não foi chantagem, foi um ato de responsabilidade dizendo que não poderia honrar (o repasse para emendas) se não houver alteração da meta do superávit. Isso é óbvio, é claro", disse a jornalistas, após participar de sessão de promulgação de uma Emenda Constitucional.

O deputado lembrou, no entanto, que uma vez aprovada, a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que obriga o governo a pagar as emendas parlamentares individuais, a chamada PEC do Orçamento Impositivo, poderá se sobrepor a um decreto do Executivo.

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A intenção de Henrique Alves é fazer um apelo aos colegas para concluir a votação da proposta nesta semana na Câmara sem alterações, para que seja promulgada na próxima semana.

(Reportagem de Maria Carolina Marcello)

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À frente da base governista, Renan pode ainda emplacar nesta terça-feira seu aliado Vital do Rêgo no TCU. O senador teve o nome aprovado em comissão do Senado hoje. Leia abaixo reportagem da Agência Brasil:

Indicação de Vital do Rêgo para TCU pode ser votada ainda hoje no Senado

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Karine Melo – Com 25 votos favoráveis, o nome do senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) foi aprovado por unanimidade pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, nesta terça-feira (2), para ocupar uma vaga de ministro do Tribunal de Contas da União. A Comissão também aprovou um pedido de urgência para a votação da matéria no plenário da Casa, o que pode ocorrer ainda hoje.

Antes da votação, o senador foi sabatinado pelos colegas e lembrou a trajetória política de toda a família em especial a de seu pai, o ex-deputado federal Vital do Rêgo: 'O destino me fez estar aqui', disse.

O senador ressaltou o papel do Tribunal de Contas da União (TCU) como um importante instrumento de aperfeiçoamento da gestão pública, mas observou que, por ser um país continental, o Brasil tem gestores constituídos nos mais diversos lugares, o que, na avaliação dele, provoca uma desigualdade muito grande, já que os que são desassistidos tecnicamente são cobrados com mesma rigidez normativa dos grandes municípios capazes de compor uma equipe técnica. O senador criticou ainda a linguagem dos relatórios que classificou como de difícil assimilação pela população.

A necessidade de o Brasil estabelecer um pacto pela governança também foi destacada pelo senador. Segundo ele, o controle externo tem que ser o viabilizador desse pacto. "Vi no relatório de atividades que o TCU concluiu em 2013 ações de controle prévio que evitou prejuízo de R$ 20 bilhões em 2011, R$ 12 bilhões em 2012 e R$ 14 bilhões em 2013. É uma estratégia de sucesso e deve ser aperfeiçoada permanentemente pelo tribunal. Caso seja escolhido serei permanentemente escravo dos princípios que regem a Constituição Federal e exercício da magistratura, sem deixar o aperfeiçoamento das políticas públicas no país", garantiu.

O senador paraibano também lembrou que é autor da Proposta de Emenda à Constituição 28 que cria o Conselho Nacional de Tribunais de Contas, inspirada nos moldes 'de sucesso' do Conselho Nacional de Justiça e Conselho Nacional do Ministério Público de forma a estabelecer também nos Tribunais de Contas essa forma de controle sobre seus atos.

A sabatina foi marcada por elogios de senadores à trajetória política de Vital, especialmente pelos últimos quatro anos por sua atuação na Casa. Atualmente no Senado além de comandar a principal comissão da Casa, a de Constituição e Justiça (CCJ), ele preside duas comissões parlamentares de inquérito, uma mista e uma exclusiva de senadores, ambas apuram denúncias de irregularidades na Petrobras.

Se for aprovado pelo plenário do Senado, Vital vai ocupar a vaga deixada pelo ministro José Jorge, obrigado a se aposentar por ter completado 70 anos no último dia 18. Dos nove ministros do TCU, três são indicados pelo presidente da República, três pela Câmara dos Deputados e três pelo Senado.

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