Gil: o racismo, antes velado, agora é revelado

"A internet é um desses catalisadores, que fez com que se precipitassem muitas coisas que estavam escondidas no campo das individualidades remotas, envergonhadas, e que agora vêm pra frente. É quântico", afirma o compositor; em entrevista ao Globo, ele diz também que "a eleição de alguém como Bolsonaro ou qualquer outro que venha a representar ameaça às conquistas libertárias"

SÃO PAULO, SP, BRASIL, 11.12.2012-: * Gilberto Gil. A Ministra da Cultura Marta Suplicy, na abertura da exposição Gil 70 (11.12.2012), no Instituto Itaú Cultural, Av. Paulista, 149, em São Paulo, as 20h. (FOTOS/LUIZ CARLOS MURAUSKAS ) ***ENTRELINHAS***
SÃO PAULO, SP, BRASIL, 11.12.2012-: * Gilberto Gil. A Ministra da Cultura Marta Suplicy, na abertura da exposição Gil 70 (11.12.2012), no Instituto Itaú Cultural, Av. Paulista, 149, em São Paulo, as 20h. (FOTOS/LUIZ CARLOS MURAUSKAS ) ***ENTRELINHAS*** (Foto: Gisele Federicce)


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247 - O cantor e compositor baiano Gilberto Gil, ex-ministro da Cultura, comentou sobre a onda de ataques racistas que têm sido feitos publicamente nas últimas semanas em uma entrevista a Leonardo Lichote, do Globo

"Com o derramamento de mais coisas nesse caldeirão do mundo, partículas difusas nesse meio aquático começam a se solidificar. O racismo que antes era velado se torna revelado, por exemplo. A internet é um desses catalisadores, que fez com que se precipitassem muitas coisas que estavam escondidas no campo das individualidades remotas, envergonhadas, e que agora vêm pra frente. É quântico. É uma dimensão difícil pra encarar quando nos postamos diante delas com a postura que tínhamos com relação ao mundo das coisas sólidas", diz ele.

Em outro trecho da entrevista, Gil diz que "a eleição de alguém como Bolsonaro ou qualquer outro que venha a representar ameaça às conquistas libertárias". "Em que medida a sociedade vai reagir à perda de conquistas que já são parte integrante da vida dela hoje? É o tempo que vai dizer. Você tem sempre 50% de uma sociedade tendendo à aceitação da vida livre, progressista, e outra metade que quer segurar o mundo numa configuração antiga. E a fricção entre essas duas partes. O movimento é pendular, ora pendendo para um lado, ora para o outro. E os resultados nunca são definitivos", comenta.

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