Steinbruch vê risco de recessão inédito no Brasil

Dono da CSN e presidente interino da Fiesp, Benjamin Steinbruch, se disse pessimista sobre as perspectivas econômicas do Brasil, durante a abertura do Congresso do Aço: "O custo Brasil não permite competir. Somente um louco investe hoje no Brasil", afirmou, acrescentando as taxas de juros estão em um nível absurdo; segundo ele, nunca houve um ano eleitoral em que a expectativa fosse de recessão econômica: "A situação está crítica. A esperança era de que a economia estivesse mais aquecida, mas temos um risco iminente de desemprego e falta de perspectiva dos negócios"  

São Paulo, 16/11/2011, Encontro Brasil África - O vice-presidente da Fiesp, Benjamin Steinbruch durante encontro Brasil e Africa para discutir  investimentos que tenham como meta o desenvolvimento dos países da África na sede da FIESP na Av Paulista nessa
São Paulo, 16/11/2011, Encontro Brasil África - O vice-presidente da Fiesp, Benjamin Steinbruch durante encontro Brasil e Africa para discutir investimentos que tenham como meta o desenvolvimento dos países da África na sede da FIESP na Av Paulista nessa (Foto: Roberta Namour)


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SÃO PAULO - Conhecido por sua postura polêmica, o presidente da CSN, Benjamin Steinbruch, não poupou críticas às condições e perspectivas econômicas do Brasil e destacou a insatisfação dos investidores com o país, durante a abertura do Congresso do Aço, que acontece em São Paulo.

"O custo Brasil não permite competir. Somente um louco investe hoje no Brasil", afirmou Steinbruch, acrescentando as taxas de juros estão em um nível absurdo.

Ele explicou que a indústria do aço está em situação crítica no país. "O Brasil precisa de medidas urgentes. Os produtores de aço precisam de reação mais rápida do governo", completou. De acordo com ele, a indústria de aço deve enfrentar uma queda de atividade de 25% a 30%.

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Steinbruch afirmou também que o Brasil enfrenta uma forte perspectiva de recessão e que o país tem muita margem para piorar. Segundo ele, nunca houve um ano eleitoral em que a expectativa fosse de recessão econômica. "A situação está crítica. A esperança era de que a economia estivesse mais aquecida, mas temos um risco iminente de desemprego e falta de perspectiva dos negócios", pontuou.

O presidente da siderúrgica destacou ainda que o país precisa fazer algo muito diferente, porque está chegando a um limite. "Medidas paliativas não adiantam. Precisamos de algo agressivo para arrumar essas distorções".

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Para Steinbruch, há um grande distanciamento do governo federal em relação aos problemas que vêm sendo enfrentados pela indústria. "Falta a comunicação, nossa dificuldade não chega em Brasília", confidenciou, afirmando que os problemas da indústria automotiva são antigos e estão afetando os demais setores.

De acordo com o presidente da CSN, é difícil encontrar alguém otimista no curto prazo, já que algumas empresas estão reduzindo sua capacidade de produção e estão demitindo. Por outro lado, Steinbruch defendeu que a indústria brasileira é rápida e que responderá à qualquer estímulo favorável relacionado à economia.

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