Dia D da Lava Jato: Petrobras derruba a bolsa

Prisões em série em empreiteiras abalam o mercado financeiro; dia tenso; ações da Petrobras ficaram bloqueadas para comercialização durante toda a primeira hora do pregão da Bovespa; divulgação do balanço trimestral da estatal foi adiado por falta de aval de empresa de auditoria; papéis da companhia perderam 5% quando finalmente foram liberados, mas queda recuou em seguida para cerca de 3%; índice Bovespa, que chegou a cair quase 2%, amenizou perdas e fechou em leve queda de 0,14%

Prisões em série em empreiteiras abalam o mercado financeiro; dia tenso; ações da Petrobras ficaram bloqueadas para comercialização durante toda a primeira hora do pregão da Bovespa; divulgação do balanço trimestral da estatal foi adiado por falta de aval de empresa de auditoria; papéis da companhia perderam 5% quando finalmente foram liberados, mas queda recuou em seguida para cerca de 3%; índice Bovespa, que chegou a cair quase 2%, amenizou perdas e fechou em leve queda de 0,14%
Prisões em série em empreiteiras abalam o mercado financeiro; dia tenso; ações da Petrobras ficaram bloqueadas para comercialização durante toda a primeira hora do pregão da Bovespa; divulgação do balanço trimestral da estatal foi adiado por falta de aval de empresa de auditoria; papéis da companhia perderam 5% quando finalmente foram liberados, mas queda recuou em seguida para cerca de 3%; índice Bovespa, que chegou a cair quase 2%, amenizou perdas e fechou em leve queda de 0,14% (Foto: Gisele Federicce)


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247 - O nervosismo está no ar - e se refletiu nesta sexta-feira 14 nos números do mercado financeiro. Na primeira hora de pregão da Bolsa de Valores de São Paulo, as ações da Petrobras foram bloqueadas para comercialização. Segundo fato relevante divulgado pela empresa, o tempo era para que o investidor digerisse as últimas notícias relacionadas à estatal.

Quando finalmente foram a negócios, as ações da companhia caíram 5%, mas depois experimentaram recuperação, mesmo assim perdendo 3,8% às 12h40. Puxado para baixo, o índice Bovespa caía 1,70% às 12h40. As perdas foram amenizadas depois e o Ibovespa fechou em leve queda de 0,14%, a 51.772 pontos.

A estatal deveria ter divulgado um balanço trimestral que teve de ser adiado por falta de aval da empresa de auditoria encarregada das checagens. Abaixo, notícia do portal Infomoney, parceiro de 247, sobre a tensão na bolsa em razão das prisões em série feitas hoje pela Polícia Federal em torno da Operação Lava Jato e ainda a incerteza do mercado em relação ao novo ministro da Fazenda:

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Apesar de Petrobras, Ibovespa fecha em leve queda nesta 6ª, mas semana tem baixa de 3%

Por Ricardo Bomfim

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SÃO PAULO - Depois de uma manhã de forte queda, o Ibovespa amenizou perdas perto do fim do pregão e fechou estável. Apesar disso, cenário incerto ainda sem definição para o novo ministro da Fazenda e com demora para a votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) pede cautela. O índice fechou em leve queda de 0,14%, a 51.772 pontos. Na semana, a queda no índice foi de 2,72%. O volume financeiro foi de 6,778 bilhões.

Enquanto isso, o dólar amenizou sua alta depois de chegar a ficar cotado a R$ 2,6274 na máxima. A moeda norte-americana subiu 0,22%, ficando cotado a R$ 2,6007. O câmbio repercutiu notícia de que o Banco Central ofertará até 14 mil contratos de swap cambial na próxima segunda-feira (17). Os vencimentos da operação serão nos dias 3 de novembro de 2015 e 4 de janeiro de 2016 para fazer a rolagem de papéis que vencem em 1 de dezembro deste ano, segundo informações da Agência Estado.

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Contudo, a grande notícia desta manhã foi mesmo o adiamento do call de abertura das ações da Petrobras pela BM&F Bovespa após a divulgação de um fato relevante pela estatal. Em vez de abrirem às 10h, os papéis só começaram a ser negociados às 11h36. Segundo o presidente da Bolsa, Edemir Pinto, o atraso foi feito para que o investidor pudesse assimilar melhor as últimas notícias que afetam a empresa.No momento em que abriram as ações da estatal, o Ibovespa chegou a mergulhar 270 pontos.

Ontem, a Bolsa foi novamente afetada por rumores a respeito do próximo ministro da Fazenda. Matéria do Valor entrevistou um dirigente do PT que disse ser Nelson Barbosa o nome favorito do partido, o que seria um banho de água fria nos investidores que esperam ainda a indicação de Henrique Meirelles, considerado por muitos a ponte que falta entre o mercado e o governo. Mais tarde, o próprio Barbosa negou que tenha sido convidado a ocupar o Ministério.

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Além disso, vale destacar a demora na aprovação da nova LDO, que deve excluir a meta de superávit primário de 1,9% do PIB, considerada por muitos impraticável, das diretrizes da política fiscal. A lei precisa ser aprovada para que a União possa realizar seus gastos durante o ano.

Um pouco de alento no cenário macroeconômico vem da elevação da avaliação financeira do Brasil pelo Morgan Stanley, de underweight (desempenho abaixo da média do mercado) para equal-weight (desempenho dentro da média do mercado). De acordo com relatório da instituição financeira assinado por Yang Bai e Jonathan Garner, os principais drivers que determinaram o upgrade da avaliação do Brasil foram os indicadores técnicos de sobrevenda, múltiplos mais baixos após sell-off e a melhora nas estimativas de resultados.

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Além disso, o IBGE divulgou vendas do varejo, que tiveram uma alta de 0,4% em setembro na comparação com o mês anterior. O crescimento, no entanto, ficou abaixo dos 1,2% registrados em agosto.

Destaques

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Pesa forte no pregão desta sexta o adiamento da divulgação do resultado da Petrobras. Hoje seria o prazo máximo por lei para que a petroleira divulgasse o seu balanço trimestral, mas a estatal, mesmo assim, acabou postergando a divulgação. A empresa deve ser punida por isso, o que se soma aos inúmeros problemas que ela vem sofrendo como a defasagem nos preços dos combustíveis e as denúncias de corrupção na companhia. O ex-diretor de Serviços da companhia foi preso na manhã desta sexta-feira, durante a Operação Lava Jato. As ações ON e PN da Petrobras (PETR3; R$ 12,78, -2,67%; PETR4; R$ 13,20, -2,94%) caíram forte na abertura, mas depois amenizaram.

Segundo o analista da Guide Investimentos, Luís Gustavo Pereira, as notícias da Petrobras são parte de um problema já precificado, então o movimento da tarde seria uma correção a uma queda exagerada durante a manhã. "O mercado continua na expectativa do balanço", disse, explicando que o que deve realmente bater nas ações da empresa são os resultados da própria companhia.

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Já a Vale (VALE3; R$ 23,00, +2,40%; VALE5; R$ 19,80, +2,22%) teve uma virada para alta e ajudou o Ibovespa a amenizar as perdas puxadas pela estatal petroleira. A mineradora teve um dia de correção depois de repetidas quedas por conta da baixa do preço do minério, que, de acordo com precisões do Citi, deve chegar a US$ 65 por tonelada.

A CSN (CSNA3, R$ 7,04, -3,56%) caiu depois de divulgar seu resultado na manhã desta sexta- feira, revertendo lucro de R$ 499,7 milhões em prejuízo consolidado de R$ 250 milhões, de acordo com a empresa, "basicamente pelo menor resultado operacional no trimestre". Já a receita líquida atingiu R$ 3,9 milhões, uma redução de 17% em relação aos R$ 4,7 milhões registrados em igual período do ano passado. O Ebitda ajustado da companhia ficou em R$ 977 milhões, uma queda de 41% na comparação com igual período do ano passado, quando ficou em R$ 1,65 bilhão.

A Kroton (KROT3; R$ 17,00, +0,18%), ação com melhor desempenho do Ibovespa no ano divulgou resultado. Segundo a XP Investimentos foram "números absolutos fortes, mas uma piora no operacional e margens, dado o menor patamar de rentabilidade e crescimento que a Anhanguera se encontra. Considerando a competência do management já comprovada, vemos bastante espaço para captação de sinergia com a fusão e melhora operacional no curto/médio prazo".

A BM&F Bovespa (BVMF3; R$ 9,88, +0,20%), subiram apesar do resultado da empresa divulgado ontem depois do pregão. O lucro líquido foi de R$ 238,4 milhões, ante R$ 233 milhões no terceiro trimestre de 2013. A empresa teve receita total de R$ 594,7 milhões no terceiro trimestre de 2014, estável em relação ao mesmo período do ano passado. Mesmo com o "rali eleitoral", a empresa "não conseguiu entregar uma evolução significativa em termos de seus resultados operacionais", segundo a XP Investimentos.

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