Com reforma da Previdência em risco, governo estuda fim do abono salarial
A possibilidade cada vez mais forte de não conseguir aprovar a reforma da Previdência fez com que o governo de Michel Temer buscasse mais uma maneira de assaltar direitos do trabalhador brasileiro;a equipe econômica já trabalha com uma alternativa; a ideia é acabar com o pagamento do abono salarial; benefício, que é pago anualmente aos trabalhadores inscritos no PIS/Pasep há pelo menos cinco anos e que têm rendimento médio mensal de até dois salários mínimos, custará R$ 17 bilhões neste ano
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247 - Mais uma vez, a conta do arrocho de Michel Temer chegará para os mais pobres. Neste caso, os 22 milhões de trabalhadores que ganham até dois salários mínimos e estão inscritos no PIS/PASEP há mais de cinco anos, tendo assim direito ao abono salarial.
Se a votação da reforma da Previdência naufragar no Congresso Nacional, a equipe econômica já trabalha com uma. A ideia é acabar com o pagamento do abono salarial.
O benefício, que é pago anualmente, custará R$ 17 bilhões neste ano.
O benefício também passou a ser pago proporcionalmente ao tempo de serviço, de maneira semelhante ao 13.º salário – ou seja, atualmente varia de R$ 78 a R$ 937. O custo político do fim do abono salarial, porém, seria bem alto, uma vez que seus beneficiários são a camada mais pobre da população.
Embora o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, considere ainda viável a aprovação das novas regras para aposentadorias e pensões no segundo semestre, depois da votação da reforma trabalhista, sua equipe tem em mãos uma série de medidas que poderão ser adotadas no caso de a proposta de reforma previdenciária ser desidratada ou mesmo não for aprovada.
As informações são de reportagem de Adriana Fernandes no Estado de S.Paulo.
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