Mais importante que a Copa: o controle global do petróleo

Mesmo que a Arábia Saudita tenha sofrido uma grande derrota na Copa do Mundo na Rússia, Moscou e Riad estão envolvidas em um tipo diferente de "jogo": o desenvolvimento de mecanismos para controlar os mercados globais de petróleo, diz um analista russo; ambos os países assumiram a responsabilidade pela estabilidade deste mercado, enquanto no Brasil o governo Temer entrega a preço da banana áreas do pré-sal para estrangeiros

Mesmo que a Arábia Saudita tenha sofrido uma grande derrota na Copa do Mundo na Rússia, Moscou e Riad estão envolvidas em um tipo diferente de "jogo": o desenvolvimento de mecanismos para controlar os mercados globais de petróleo, diz um analista russo; ambos os países assumiram a responsabilidade pela estabilidade deste mercado, enquanto no Brasil o governo Temer entrega a preço da banana áreas do pré-sal para estrangeiros
Mesmo que a Arábia Saudita tenha sofrido uma grande derrota na Copa do Mundo na Rússia, Moscou e Riad estão envolvidas em um tipo diferente de "jogo": o desenvolvimento de mecanismos para controlar os mercados globais de petróleo, diz um analista russo; ambos os países assumiram a responsabilidade pela estabilidade deste mercado, enquanto no Brasil o governo Temer entrega a preço da banana áreas do pré-sal para estrangeiros (Foto: Leonardo Lucena)


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Agência Sputnik - Mesmo que a Seleção da Arábia Saudita tenha sofrido uma grande derrota durante a Copa do Mundo na Rússia, no momento Moscou e Riad estão envolvidas em um tipo diferente de "jogo": o desenvolvimento de mecanismos mutuamente benéficos para controlar os mercados globais de petróleo, segundo um analista russo.

Anteriormente, o ministro russo de Energia, Aleksandr Novak, anunciou que Moscou e Riad concordaram em apoiar conjuntamente a ampliação do acordo OPEP+, destinado a conter a produção global de petróleo, bem como discutir os princípios para um maior quadro de cooperação entre a OPEP e os Estados não integrantes da organização.

A Rússia e a Arábia Saudita assumiram de fato a responsabilidade pela estabilidade do mercado global de petróleo, elaborando um acordo que pode abrir caminho para um novo mercado mundial de petróleo e mecanismos de regulação do preço do petróleo, de acordo com o analista russo Dmitry Lekuh.

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Segundo os relatórios oficiais citados por Lekuh, Moscou e Riad pretendem "apoiar o petróleo e o gás natural como elementos-chave do balanço energético global".

"Isso significa que os esforços conciliados do cartel de petróleo da OPEP, regulados principalmente pelos sauditas, e do grupo de países produtores de petróleo independentes, liderados pela Rússia, comprovaram sua eficácia em termos de ações coordenadas nos mercados globais […] O mecanismo deste controle global está funcionando, não há razão para alterá-lo ou para se livrar dele, mesmo tendo as coisas finalmente se estabilizado", opinou o analista.

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Ele observou que a Rússia e a Arábia Saudita pretendem oferecer aos outros países produtores de petróleo – incluindo Canadá, México, Cazaquistão e EUA – a oportunidade de se unirem ao acordo global de contenção da produção de petróleo.

"Claro, ninguém vai forçá-los a participar. Vale mencionar, porém, que a capacidade de produção de petróleo combinado de Riad e Moscou é suficiente para regular os mercados globais, não somente para os interesses comuns, mas também, para os seus próprios", assinalou Lekuh, recordando que “sob certas circunstâncias” os preços do petróleo podem não somente subir.

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Segundo explicou o especialista, a extensão pode fazer com que essa "organização poderosa, com um centro de coordenação mais formalizado", manipule o mercado com mais eficiência e afete os preços do petróleo e do gás natural.

Lekuh adicionou também que Moscou e Riad não se sentem bem com as especulações com o "petróleo em papel" nas bolsas de valores, e provavelmente os dois países passarão a abordar esta questão juntamente com outros países produtores de petróleo.

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"Não está claro como isso será feito exatamente, visto que a Arábia Saudita e a Rússia, até agora, apenas 'concordaram em dar o próximo passo'. Mas o importante é que elas declararam sua vontade de 'aceitar a responsabilidade pela estabilidade dos mercados", ressaltou Lekuh.

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