Dólar deve cair 30% a partir de 2019 devido ao 'triplo déficit' dos EUA

Para o investidor americano Ray Dalio; a cotação do dólar colapsará em 30% a partir de 2019 devido ao "triplo déficit dos EUA", que acabará levando ao fim do status do dólar como moeda de reserva global; "O papel do dólar se reduzirá, os detentores de títulos de dívida americana sofrerão. Veremos como as outras moedas entrarão em cena", disse Dalio

Dólar deve cair 30% a partir de 2019 devido ao 'triplo déficit' dos EUA
Dólar deve cair 30% a partir de 2019 devido ao 'triplo déficit' dos EUA (Foto: REUTERS/Beawiharta)


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Sputnik - Em poucos dias, a moeda norte-americana caiu drasticamente. Embora financistas considerem tais flutuações aceitáveis, alertam que, até o final de 2019, o dólar entrará em uma trajetória de queda e por muitos anos.

O investidor americano Ray Dalio acredita que a cotação do dólar colapsará em 30% devido ao "triplo déficit dos EUA", que acabará levando ao inevitável: o dólar perderá seu status de moeda de reserva global.

Desde o final de 2017, o Sistema de Reserva Federal dos EUA (Fed, na sigla em inglês) reforçou a política monetária, aumentando as taxas de juros e, somente nesse ano, repetiu esse processo três vezes. Isso colocou as empresas em uma situação difícil. O presidente americano,

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Donald Trump, criticou a estratégia do regulador, cuja lógica é acabar com as medidas de estímulo, afirmando que o Fed se tornou uma ameaça para a economia do país.

O mercado imobiliário já respondeu às ações do Fed com abrandamento, tendo os preços da habitação ultrapassado os níveis que precederam a crise de 2008.

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Anos de depressão

Para os analistas da empresa líder global de serviços financeiros, JPMorgan Chase, a queda começará no final do próximo ano e a moeda norte-americana não poderá reverter a tendência de baixa, pois esta durará por vários anos. Desse modo, o esfriamento da economia norte-americana levará a uma pausa no ciclo de elevação das taxas do Fed no segundo semestre de 2019.

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"No final, nos depararemos com a queda do dólar por muitos anos. No segundo semestre do ano que vem, se o Fed realmente fizer uma pausa, se a economia desacelerar e o resto do mundo se estabilizar, vamos testemunhar um declínio na moeda norte-americana", disse à Blooomberg a analista Morgan Gabriela Santos.

Segundo o bilionário Ray Dalio, o dólar entrará em colapso devido a um novo aumento do "triplo déficit": o déficit orçamentário, da balança comercial e da conta corrente.

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Essa tripla carência financeira dos EUA não será atrativa para os compradores estrangeiros de títulos do Tesouro, o que causará um aumento explosivo de sua rentabilidade e uma drástica queda do dólar em 30%, perdendo dessa forma o status de moeda de reserva mundial. O investidor assegura que este cenário seria o "pior pesadelo" para os Estados Unidos.

"O papel do dólar se reduzirá, os detentores de títulos de dívida americana sofrerão. Veremos como as outras moedas entrarão em cena", disse ele.

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Ouro, não dólares

O poder da moderna tecnologia financeira está destruindo os "efeitos de rede" que criaram o natural monopólio da moeda, indica o economista americano e professor da Universidade da Califórnia em Berkeley, Barry Eichengreen, que também acredita que os dias do dólar estão contados.

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O ouro será um dos instrumentos mais confiáveis para cobrir os riscos cambiais e políticos, de acordo com Dalio, pois se houver um colapso do sistema do dólar (originado principalmente pela dívida), o metal precioso definitivamente não irá depreciar. Sendo usado como instrumento de pagamento no comércio mundial, o ouro reduz a dependência de qualquer moeda.

É por essa razão que a Rússia prefere cada vez mais barras de ouro a dólares, tendo suas reservas deste metal precioso atingido um nível recorde, enquanto a parcela de títulos do Tesouro nas reservas internacionais do Banco Central russo quase desapareceu.

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"É por isso que países como Rússia e China estão acumulando ouro — eles sabem o que pode acontecer em poucos anos", afirmou Keith Neumeyer, presidente do Conselho de Administração da First Mining Gold.

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