Iaaf nega acusações de doping generalizado no atletismo
A entidade afirmou que as matérias do jornal britânico Sunday Times e da rede alemã ARD/WDR não trouxeram novos indícios de que algum atleta foi pego em um teste de drogas e que deduziram equivocadamente que a Iaaf não consultou os resultados assim que saíram; “A Iaaf leva muito a sério as alegações publicadas pelo Sunday Times e pela ARD e as investigou a fundo”, declarou a associação em um comunicado de nove páginas
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LONDRES (Reuters) - A Associação Internacional de Federações de Atletismo (Iaaf, na sigla em inglês) rejeitou nesta terça-feira as reportagens sobre doping generalizado no esporte.
A entidade afirmou que as matérias do jornal britânico Sunday Times e da rede alemã ARD/WDR não trouxeram novos indícios de que algum atleta foi pego em um teste de drogas e que deduziram equivocadamente que a Iaaf não consultou os resultados assim que saíram.
“A Iaaf leva muito a sério as alegações publicadas pelo Sunday Times e pela ARD e as investigou a fundo”, declarou a associação em um comunicado de nove páginas.
“As alegações publicadas foram sensacionalistas e confusas; os resultados referidos não foram testes positivos. Na verdade, tanto a ARD quanto o Sunday Times admitem que sua avaliação dos dados não comprovou doping.”
O comunicado incluiu um sumário sobre como o teste de sangue é realizado e respostas específicas a algumas das acusações. A Iaaf criticou a publicação do que disse serem dados particulares e confidenciais obtidos sem seu consentimento.
“Não há espaço para atalhos, abordagens simplistas ou sensacionalismo quando as carreiras e reputações de atletas estão em jogo”, disse o professor Giuseppe d'Onofrio, descrito como um dos mais destacados hematologistas do mundo trabalhando como especialista na área de Passaportes Biológicos de Atletas.
O atletismo, eclipsado por alguns casos estrondosos de doping nas últimas três décadas, mergulhou em uma crise no domingo, quando surgiram reportagens de que um delator teria divulgado dados secretos indicando a suspeita de doping generalizado na modalidade entre 2001 e 2012.
Os testes foram analisados por dois cientistas australianos, que mais tarde declararam à Reuters que, embora mais de 800 atletas tenham mostrado um ou mais resultados “anormais”, isso não prova doping, mas desperta suspeitas.
(Por Julian Linden)
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