Bolsonaro propaga discurso de ódio, enquanto ataca a mídia tradicional
O presidente eleito Jair Bolsonaro deu um passo arriscado que revela como será sua relação com a mídia. Nesta segunda-feira, ele atuou como garoto-propaganda de diversos canais que propagam discurso de ódio, depois de ter atacado veículos da mídia tradicional, como Globo e Folha. "Enquanto prega que não devemos ler a Folha de S.Paulo, Bolsonaro espalha lista de twitters e youtubers que patrulham quem o critica e espalham fake news e difamação. Esse é o presidente", diz o jornalista Guga Noblat, filho de Ricardo Noblat. Em artigo, Alex Solnik também critica o apoio de Bolsonaro ao discurso de ódio
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247 – Um presidente eleito pode atuar como garoto-propaganda de determinados grupos de comunicação e detrator de outros? É exatamente o que Jair Bolsonaro decidiu fazer, afrontando o princípio da impessoalidade e sinalizando como será sua relação com os meios de comunicação. De um lado, ele pretende alavancar comunicadores de extrema direita que lhe bajulam e que propagam discursos de ódio, além de disseminar fake news. De outro, ele ataca veículos da mídia tradicional. "Enquanto prega que não devemos ler a Folha de S.Paulo, Bolsonaro espalha lista de twitters e youtubers que patrulham quem o critica e espalham fake news e difamação. Esse é o presidente", diz o jornalista Guga Noblat, filho de Ricardo Noblat.
Confira, abaixo, os tweets de Bolsonaro e de Guga Noblat:
Seguem algumas opções de excelentes canais de informação no youtube! 👍🏻 pic.twitter.com/25GAgrfFp6
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) 12 de novembro de 2018continua após o anúncio
Enquanto prega que não devemos ler a Folha de S.Paulo, Bolsonaro espalha lista de twitters e youtubers que patrulham quem o critica e espalham fake news e difamação. Esse é o presidente
— GugaNoblat (@GugaNoblat) 12 de novembro de 2018
Em artigo, Alex Solnik também critica Bolsonaro. "É inaceitável um presidente eleito manifestar preferência por qualquer empresa, quanto mais veículos de comunicação. Ele tem de governar para todos os brasileiros, não pode fazer propaganda de empresas, principalmente as ligadas à mídia, sem que paire sobre ele uma sombra de suspeita. Qual o interesse por trás da publicidade? Seja financeiro ou político, é um interesse que afronta a impessoalidade do seu cargo", diz ele. Solnik lembra ainda que nenhuma dessas 'excelentes opções' é canal de informação e sim de doutrinação de extrema-direita e, mais grave: disseminação do discurso de ódio contra Lula, PT e a esquerda em geral."
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