Jornal alemão: no Brasil, quem não é de direita, é comunista

O jornal alemão Zeit Campus destaca e sua home uma das faces da aberração política e persecutória que tomou conta do Brasil: no país, diz o jornal, quem não é de direta é automaticamente taxado como comunista, raciocínio impensável para um europeu ou mesmo para um mero sujeito da civilização que conheça rudimentos de história. A "caça às bruxas" no Brasil é relatada através do alastramento das delações públicas, em que professores de universidades e colégios são taxados de "comunistas" e sofrem represálias muitas vezes violentas

Jornal alemão: no Brasil, quem não é de direita, é comunista
Jornal alemão: no Brasil, quem não é de direita, é comunista (Foto: Mídia NINJA)


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247 - O jornal alemão Zeit Campus destaca e sua home uma das faces da aberração política e persecutória que tomou conta do Brasil: no país, diz o jornal, quem não é de direta é automaticamente taxado como comunista, raciocínio impensável para um europeu ou mesmo para um mero sujeito da civilização que conheça rudimentos de história. A "caça às bruxas" no Brasil é relatada através do alastramento das delações públicas, em que professores de universidades e colégios são taxados de "comunistas" e sofrem represálias muitas vezes violentas.

O jornal alemão relata o processo de perseguição no Brasil: "Logo depois que o populista de direita Jair Bolsonaro foi eleito presidente do Brasil, uma filiada do partido Bolsonaro recém-eleita postou no Facebook: os estudantes devem gravar os professores que fizerem comentários políticos e enviar as gravações [para um site que já foi desativado pela justiça]. A filiada suspeitava que muitos professores ficariam furiosos após a vitória eleitoral de Bolsonaro e expressariam essa raiva em suas lições".

O Zeit Campus entrevistou o brasileiro Marcelo Markus Teixeira, professor de Direito Internacional Privado na prestigiosa universidade brasileira Fundação Getúlio Vargas e Universidade Unochapecó em Chapecó, Santa Catarina. Ele também trabalha como advogado.

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Sobre a perseguição aos professores, Mrakus afirmou: "o momento não tenho medo de que quaisquer comentários sejam dados pessoalmente por mim. Sou advogado e dou aulas de direito internacional privado. Este é um assunto muito técnico, não temos tempo para grandes discussões políticas. Em assuntos como o direito constitucional ou a introdução da lei brasileira, isso é mais complicado. Mas tenho medo de toda a situação. Esta eleição mostrou como os brasileiros pensam."

E acrescentou: "eu não sabia que tanto ódio pelos outros existia nas pessoas. As pessoas que pensam como extremistas de direita, que se opõem a negros e homossexuais, agora têm a oportunidade de dizê-lo. Há também professores de direito que apoiam esse tipo de pensamento, isso é assustador. O ódio generalizado contra as minorias e a aceitação desse ódio me assustam."

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