Correia: ‘só as ruas salvam a educação, a saúde e a aposentadoria’

O deputado estadual Rogério Correia (PT) voltou a propor nova eleição presidencial como alternativa à crise política e citou a pesquisa DataFolha, que não foi boa para o presidente Michel Temer, pois 63% dos brasileiros querem sua saída imediata e diretas já – 27% são contra; "63% querem renúncia de Temer e #DiretasJá. Só as ruas podem a salvar educação pública, saúde pública e a aposentadoria dos trabalhadores", afirmou o parlamentar, fazendo referência à PEC 55

O deputado estadual Rogério Correia (PT) voltou a propor nova eleição presidencial como alternativa à crise política e citou a pesquisa DataFolha, que não foi boa para o presidente Michel Temer, pois 63% dos brasileiros querem sua saída imediata e diretas já – 27% são contra; "63% querem renúncia de Temer e #DiretasJá. Só as ruas podem a salvar educação pública, saúde pública e a aposentadoria dos trabalhadores", afirmou o parlamentar, fazendo referência à PEC 55
O deputado estadual Rogério Correia (PT) voltou a propor nova eleição presidencial como alternativa à crise política e citou a pesquisa DataFolha, que não foi boa para o presidente Michel Temer, pois 63% dos brasileiros querem sua saída imediata e diretas já – 27% são contra; "63% querem renúncia de Temer e #DiretasJá. Só as ruas podem a salvar educação pública, saúde pública e a aposentadoria dos trabalhadores", afirmou o parlamentar, fazendo referência à PEC 55 (Foto: Leonardo Lucena)


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Minas 247 - O deputado estadual Rogério Correia (PT) voltou a propor nova eleição presidencial como alternativa à crise política e citou a pesquisa DataFolha, que não foi boa para o presidente Michel Temer, pois 63% dos brasileiros querem sua saída imediata e diretas já – 27% são contra.

"63% querem renúncia de Temer e #DiretasJá. Só as ruas podem a salvar educação pública, saúde pública e a aposentadoria dos trabalhadores", afirmou o parlamentar no Facebook, fazendo referência à PEC 55, que congela investimentos públicos por 20 anos e à Reforma da Previdência, que prevê aposentadoria apenas aos 65 anos e um tempo de contribuição mínima de 25 anos (antes eram 15).

Segundo o parlamentar, o Senado "não tem legalidade para mudar o definido pela Constituinte". "Mas o acovardado STF é parte do golpe e não apita mais", disse ele, em referência ao fato de o Supremo Tribunal Federal (STF) ter mantido Renan Calheiros na presidência da Casa.

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As duas propostas somadas à piora da economia vêm desgastando a imagem de Temer. De acordo com a pesquisa Datafolha, 65% dos brasileiros dizem que a economia piorou e apenas 9% enxergaram alguma melhora. Apenas 10% consideram Temer ótimo ou bom, menos do que os 13% que tinham essa avaliação em relação à presidente Dilma Rousseff antes do impeachment.

Delação da Odebrecht

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Outro fator que vai desgastar ainda mais o presidente Michel Temer é a delação do ex-diretor da Relações Institucionais da empreiteira Cláudio Melo Filho, que atingiu tanto o peemedebista como a cúpula do partido. Segundo o ex-dirigente, Temer atuava de forma "muito mais indireta, não sendo seu papel,em regra, pedir contribuições financeiras para o partido, embora isso tenha ocorrido de maneira relevante no ano de 2014".

"Eu participei de um jantar no Jaburu juntamente com Marcelo Odebrecht, Michel Temer e Eliseu Padilha, atual ministro da Casa Civil. Michel Temer solicitou, direta e pessoalmente para Marcelo, apoio financeiro para as campanhas do PMDB em 2014", disse ele em um trecho da delação.

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Em nota, o Palácio do Planalto disse que "o presidente Michel Temer repudia com veemência as falsas acusações do senhor Cláudio Melo Filho. As doações feitas pela Construtora Odebrecht ao PMDB foram todas por transferência bancária e declaradas ao TSE. Não houve caixa 2, nem entrega em dinheiro a pedido do presidente".

Renan, Jucá e Eunício

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Na delação, Cláudio Melo Filho afirmou que o grupo formado pelos senadores do PMDB Renan Calheiros (AL), Romero Jucá (RR) e Eunício Oliveira (CE) era "bastante coeso com suas atuações e possui enorme poder de influência sobre outros parlamentares, com a capacidade de praticamente ditar os rumos de algumas matérias dentro do Senado".

Ao comentar sobre Renan, o ex-diretor afirmou que, em 2014, teve uma reunião na residência oficial do Senado, onde o parlamentar disse a ele que o filho seria candidato ao governo de Alagoas e lhe pediu que verificasse se a Odebrecht poderia contribuir. Segundo Afirmou, ainda, que o pedido era uma contrapartida para o forte apoio dado à renovação de contratos de energia que resultou com a edição da MP 677, de 2015.

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Em seu depoimento, Cláudio afirmou que foram doados R$ 320 mil a pretexto de campanha. No mesmo período, foi informado que haviam sido doados R$ 1,2 milhão para obra no sertão alagoano.

O senador Renan Calheiros negou ter autorizado ou consentido que terceiros falassem em seu nome em qualquer circunstância e disse que é zero a chance de encontrar irregularidade em suas contas pessoais ou eleitorais.

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Sobre Jucá, conhecido como Caju", o ex-diretor afirmou que o parlamentar centralizava o recebimento de pagamentos e distribuía os valores internamente no grupo do PMDB do Senado – especificamente a Renan, que tinha o codinome de “justiça” – e Eunício, de codinome “índio”. Cláudio Melo Filho disse que “todo apoio” à Odebrecht dado por Jucá, teria, nos momentos de campanha, “uma conta a ser paga”. De acordo com o ex-dirigente, ao longo dos anos participou de pagamentos a Romero Jucá que atualmente superam R$ 20 milhões. 

O senador Romero Jucá negou que recebesse recursos para o PMDB e disse que está à disposição da Justiça para esclarecimentos.

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O ex-dirigente da Odebrecht também afirmou que, para Eunício Oliveira, foram repassados aproximadamente R$ 2,1 milhões. O valor foi dividido em duas parcelas, uma paga em Brasília e outra em São Paulo, entre outubro de 2013 e janeiro de 2014.

O congressista informou que todos os recursos da campanha dele ao Senado foram recebidos e declarados de acordo com a lei e aprovados pela Justiça Eleitoral. Eunício disse que nunca autorizou alguém a negociar em seu nome dinheiro para favorecer empresas públicas ou privadas.

Padilha e Moreira Franco

Na Câmara, o delator Cláudio Melo Filho disse os principais interlocutores eram Eliseu Padilha, Moreira Franco em menor escala e, as fezes, o próprio Michel Temer, então presidente do PMDB e vice-presidente nos governos de Dilma Roussef (entre 2011 e 2016).

"Para fazer chegar a Michel Temer os meus pleitos, eu me valia de Eliseu Padilha ou Moreira Franco, que o representavam. Essa era uma via de mão dupla, pois o atual presidente da República também utilizava seus prepostos para atingir interesses pessoais, como no caso dos pagamentos que participei, operacionalizado via Eliseu Padilha", afirmou o delator.

De acordo com o ex-dirigente, Temer solicitou financiamento direto a Marcelo Odebrecht em um jantar, que ele acredita ter ocorrido em maio de 2014. O peemedebista pediu o pagamento de US$ 10 milhões. Deste montante, 60% (R$ 6 milhões) teriam sido destinados a Paulo Skaf, então candidato ao governo de São Paulo, e 40% (R$ 4 milhões) para Eliseu Padilha. Parte do dinheiro teria sido entregue no escritório de José Yunes, atual assessor especial da Presidência da República.

O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, negou ter tratado de arrecadação para deputados. E disse que "a acusação é uma mentira!".

Moreira Franco afirmou ao Jornal Nacional que a acusação é mentirosa e que nunca tratou de assuntos de verbas com o executivo da Odebrecht.

O presidente da Fiesp, Paulo Skaf, disse ao G1 que nunca pediu e nem autorizou alguém a pedir contribuição de campanha que não fosse regularmente declarada em suas prestações de contas.

 

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