Nobel de Economia: o que Europa fez com a Grécia é 'vergonhoso'

Economista Paul Krugman comemorou a vitória do "não" sobre as propostas dos credores no referendo desse domingo; "Mas a campanha de bullying — a tentativa de aterrorizar os gregos ao cortar financiamento bancário e ameaçar o caos geral, tudo com a meta quase escancarada de empurrar a corrente esquerdista do governo para fora — foi um momento vergonhoso em uma Europa que afirma acreditar em princípios democráticos", afirma; para Krugman, a "austeridade provavelmente afunda a economia mais rápido do que reduz a dívida, de modo que todo o sofrimento não serve a propósito algum"

Economista Paul Krugman comemorou a vitória do "não" sobre as propostas dos credores no referendo desse domingo; "Mas a campanha de bullying — a tentativa de aterrorizar os gregos ao cortar financiamento bancário e ameaçar o caos geral, tudo com a meta quase escancarada de empurrar a corrente esquerdista do governo para fora — foi um momento vergonhoso em uma Europa que afirma acreditar em princípios democráticos", afirma; para Krugman, a "austeridade provavelmente afunda a economia mais rápido do que reduz a dívida, de modo que todo o sofrimento não serve a propósito algum"
Economista Paul Krugman comemorou a vitória do "não" sobre as propostas dos credores no referendo desse domingo; "Mas a campanha de bullying — a tentativa de aterrorizar os gregos ao cortar financiamento bancário e ameaçar o caos geral, tudo com a meta quase escancarada de empurrar a corrente esquerdista do governo para fora — foi um momento vergonhoso em uma Europa que afirma acreditar em princípios democráticos", afirma; para Krugman, a "austeridade provavelmente afunda a economia mais rápido do que reduz a dívida, de modo que todo o sofrimento não serve a propósito algum" (Foto: Aquiles Lins)


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247 - O economista Paul Krugman, vencedor do Prêmio Nobel de Economia de 2008, fez duras críticas nesta segunda-feira, 6, em artigo no jornal New York Times, à ação da Europa sobre Grécia.

Krugman comemorou a vitória do "não" sobre as propostas dos credores no referendo desse domingo, 5, na Grécia. "Mas a campanha de bullying — a tentativa de aterrorizar os gregos ao cortar financiamento bancário e ameaçar o caos geral, tudo com a meta quase escancarada de empurrar a corrente esquerdista do governo para fora — foi um momento vergonhoso em uma Europa que afirma acreditar em princípios democráticos. Isso teria instalado um terrível precedente se a campanha obtivesse sucesso, mesmo se os credores tivessem razão", afirma.

"A verdade é que os tecnocratas de estilo próprio da Europa são como médicos medievais que insistiam em sangrar os pacientes — e quando o tratamento oferecido deixasse os pacientes ainda mais doentes, demandavam ainda mais sangue. O "sim" na Grécia teria condenado o país a anos de mais sofrimento sob políticas que não têm dado certo e, de fato, dada a aritmética, não funcionam: austeridade provavelmente afunda a economia mais rápido do que reduz a dívida, de modo que todo o sofrimento não serve a propósito algum", defende Krugman.

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Em outro trecho, Krugman questiona se uma eventual saída da Grécia da zona do Euro funcionaria tão bem quanto a desvalorização bem-sucedida da Islândia em 2008-2009, ou o abandono da Argentina da política "um peso, um dólar" em 2001-2002? "Talvez não, mas considere as alternativas. A menos que a Grécia receba realmente um alívio principal da dívida, e possivelmente mesmo assim, sair do euro oferece a única rota de fuga plausível do seu interminável pesadelo econômico".

E finaliza: "E sejamos claros: se a Grécia terminar fora do euro, não significa que os gregos são europeus maus. O problema da dívida do país reflete concessão e recebimento de empréstimos irresponsáveis, e, de qualquer maneira, os gregos pagaram pelos pecados do seu governo muitas vezes. Se eles não conseguem seguir a moeda comum da Europa, é porque tal moeda não oferece trégua a países com problemas. A coisa mais importante agora é fazer o que for preciso para estancar o sangramento."

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Leia aqui a íntegra do artigo de Paul Krugman.

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