EUA anunciam ataque unilateral à Síria após suposto ataque químico

Os Estados Unidos disseram nesta segunda-feira (9) que "responderão" ao suposto ataque químico na localidade de Duma, na Síria, com ou sem o apoio do Conselho de Segurança da ONU. "A História registrará este como o momento no qual o Conselho de Segurança cumpriu seu dever ou mostrou seu fracasso total e completo em proteger os sírio", afirmou a embaixadora americana na ONU, Nikki Haley; intervenção americana na Síria já matou mais de 400 mil pessoas e deixou 10 milhões de refugiados; ataque químico tem sido a "fake news" mais utilizada para justificar intervenções americanas por lá

Embaixadora dos EUA na ONU Nikki Haley fala na sede da entidade em Nova York 29/11/2017 REUTERS/Lucas Jackson
Embaixadora dos EUA na ONU Nikki Haley fala na sede da entidade em Nova York 29/11/2017 REUTERS/Lucas Jackson (Foto: Leonardo Attuch)


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Da Agência EFE  – Os Estados Unidos disseram nesta segunda-feira (9) que "responderão" ao suposto ataque químico na localidade de Duma, na Síria, com ou sem o apoio do Conselho de Segurança da ONU. "A História registrará este como o momento no qual o Conselho de Segurança cumpriu seu dever ou mostrou seu fracasso total e completo em proteger os sírios. De qualquer forma, os EUA responderão", afirmou a embaixadora americana na ONU, Nikki Haley. A informação é da EFE.

A diplomata não detalhou que tipo de resposta seria essa, mas assegurou que Washington está avaliando atualmente "decisões importantes". Referindo-se ao líder sírio, Bashar al Assad, ela ressaltou que os EUA estão "determinados a ver o monstro que usa armas químicas ser responsabilizado".

Hoje, o presidente americano já tinha antecipado sua intenção de decidir nas próximas horas sobre uma possível resposta militar ao suposto ataque químico, pelo qual os EUA e seus aliados culpam Damasco.

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Nikki Haley reforçou ainda que Rússia e Irã, como aliados estreitos de Assad, têm responsabilidade por suas ações e poderiam ter evitado o ocorrido. Além disso, ela lembrou que Moscou utilizou em várias ocasiões seu direito de veto no Conselho de Segurança para proteger as autoridades sírias e lamentou que o "obstrucionismo" russo mantenha "refém" o principal órgão de decisão das Nações Unidas.

Os Estados Unidos propuseram hoje aos demais membros do Conselho uma minuta de resolução para criar um novo mecanismo internacional que se encarregue de determinar quem está por trás dos ataques com armas químicas na Síria.

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Os EUA e outros países estão insistindo na necessidade de estabelecer uma investigação deste tipo desde novembro do ano passado, quando a Rússia vetou a continuidade do mecanismo conjunto da ONU e da Organização para a Proibição das Armas Químicas (Opaq) que tinha essa mesma incumbência.

Reação militar

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O governo dos Estados Unidos acusou hoje a Rússia de descumprir a obrigação de garantir o fim do programa de armas químicas da Síria e afirmou que analisa uma "série de opções" para responder ao suposto ataque com esse tipo de armamento registrado no sábado, nos arredores de Damasco.

"Esses atos não seriam possíveis sem o apoio material da Rússia e do Irã. Além disso, agora está claro que a Rússia traiu a obrigação de garantir o fim do programa de armas químicas do regime sírio", disse a porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders.

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Em 2013, após um acordo entre Rússia e EUA, a Síria aceitou destruir seu arsenal químico após vários supostos ataques. No entanto, no ano passado, o Kremlin vetou a sequência de uma investigação da ONU e da Opaq sobre o uso desse tipo de armamento no país.

"Estamos consultando nossos aliados para determinar uma resposta apropriada. Como o presidente Trump disse claramente, haverá um preço a ser pago", alertou Sanders sobre o ataque.

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"Pedimos que o regime sírio e a Rússia abram a região para a supervisão internacional e a ajuda médica", acrescentou Sanders.

A porta-voz afirmou que Trump estuda uma "ampla gama de opções" para responder ao ataque e "dissuadir" o regime da Síria a tomar esse tipo de ação. Sanders deixou em aberto a possibilidade de uma reação militar. O Pentágono também não descartou a hipótese.

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