Após reeleição, Maduro enfrenta ameaças de sanções de governos conservadores
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, enfrenta nesta segunda-feira uma nova onda de condenação de governos conservadores sob a liderança dos EUA depois de ter sido reeleito em uma votação denunciada pela direita como uma "farsa"; Maduro, um ex-motorista de ônibus de 55 anos, derrotou com facilidade dois rivais pouco conhecidos, obtendo 68% dos votos -os principais líderes da oposição boicotaram o pleito
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247 com Reuters - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, enfrenta nesta segunda-feira uma nova onda de condenação de governos conservadores sob a liderança dos EUA depois de ter sido reeleito em uma votação denunciada pela direita como uma "farsa".Maduro, um ex-motorista de ônibus de 55 anos, derrotou com facilidade dois rivais pouco conhecidos -os principais líderes da oposição boicotaram o pleito.
Ele obteve 68% dos votos, 5.823.728 votos, contra 1.820.552 do segundo colocado. As eleições registraram a menor participação em mais de duas décadas, segundo o pesquisador Félix Seijas, mas o comparecimento de 46% dos eleitores -o voto é facultativo na Venezuela.
Seus dois adversários no pleito, o ex-governador Henri Falcón e o pastor evangélico Javier Bertucci, criticaram os resultados, denunciaram irregularidades e pediram novas eleições, atitude similar à de Aécio Neves depois da derrota para Dilma Roussef em 2014.
"A revolução chegou para ficar!", disse Maduro, exultante depois de ter sido declarado vencedor, diante de milhares de seguidores que festejavam e dançavam perto do palácio presidencial de Miraflores em Caracas, cantando "Vamos, Nico".
Embora não tenha dado detalhes, o presidente se comprometeu a resgatar uma economia que sofre com estagnação, hiperinflação e uma escassez crônica de produtos, e que se depara com grandes compromissos de dívida enquanto sua produção de petróleo despenca.
Alguns países, liderados pelos os Estados Unidos, dizem estudar novas sanções sobre o vital setor petroleiro, algo que poderia complicar ainda mais a economia venezuelana, dependente da exportação do produto, apesar do benefício que a Venezuela terá com a expressiva alta do petróleo nos últimos meses.
"Ao próprio império eu digo, a sério, um passo atrás. Império gringo, um passo atrás", afirmou Maduro em seu discurso de vitória. "Já basta de tanto ataque e ameaça".
Os governos de direita da América Latina e da União Europeia posicionaram-se ao lado dos EUA. "A farsa eleitoral (na Venezuela) não muda nada", escreveu no domingo no Twitter o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo.
O G20, que realizará uma reunião de chanceleres nesta segunda-feira em Buenos Aires, poderá se pronunciar sobre o pleito.
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