Obrador, a ser eleito domingo, vai acabar com a farra da Exxon e Chevron no México

O candidato de esquerda Lopez Obrador, com 50% nas pesquisas, deve ser eleito presidente do México neste domingo; conhecido como "Lula mexicano", anunciou que acabará com a farra das petroleiras americanas no país; o New York Times publicou reportagem às vésperas das eleições manifestando a preocupação das petroleiras; "Neste primeiro de julho o povo vai terminar com a pilhagem do México", disse a futura ministra da Energia do país

O candidato de esquerda Lopez Obrador, com 50% nas pesquisas, deve ser eleito presidente do México neste domingo; conhecido como "Lula mexicano", anunciou que acabará com a farra das petroleiras americanas no país; o New York Times publicou reportagem às vésperas das eleições manifestando a preocupação das petroleiras; "Neste primeiro de julho o povo vai terminar com a pilhagem do México", disse a futura ministra da Energia do país
O candidato de esquerda Lopez Obrador, com 50% nas pesquisas, deve ser eleito presidente do México neste domingo; conhecido como "Lula mexicano", anunciou que acabará com a farra das petroleiras americanas no país; o New York Times publicou reportagem às vésperas das eleições manifestando a preocupação das petroleiras; "Neste primeiro de julho o povo vai terminar com a pilhagem do México", disse a futura ministra da Energia do país (Foto: Paulo Emílio)


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247 - O candidato de esquerda Andrés Manuel Lopez Obrador, com 50% nas pesquisas, deve ser eleito presidente do México neste domingo (1). Será uma vitória histórica, pois pela primeira vez em 90 anos que o cargo máximo do país não será ocupado pelo PRI ou pelo PAN com governos de direita subordinados aos Estados Unidos nos últimos 50 anos. Conhecido como "Lula mexicano", Obrador já anunciou que acabará com a farra das petroleiras americanas no país, especialmente Exxon e Chevron. O New York Times publicou reportagem às vésperas das eleições manifestando a preocupação das petroleiras. O cenário mexicano é parecido com o brasileiro no campo energético. Como aqui, com o governo oriundo do golpe, os mexicanos viram o país saqueado pelas petroleiras internacionais com o apoio das elites locais.

Segundo a reportagem do NYT, Obrador já garantiu que o petróleo "não voltará a mãos estrangeiras". Escreveu o jornalista Cliffor Krauss: "Estas propostas [de fim da hegemonia americana na área do petróleo], além de ameaçar as margens de lucro de refinarias nos EUA iriam reduzir a produção de petróleo no Texas e impedir perfuração em águas profundas no Golfo do México por gigantes do petróleo como Exxon Mobil e Chevron. Isso também colocaria em risco o superávit comercial de energia que os Estados Unidos têm com o México, que chegou a cerca de 15 bilhões de dólares no ano passado". Um superávit feito à base de exportação do óleo cru mexicano, recomprado pelo país depois de refinado nos EUA -uma política similar à que Pedro Parente implementou no Brasil. 

Segundo Rocío Nahle García, que deverá ser a ministra da Energia no governo Obrador, serão revisados os contratos já existentes com as petroleiras internacionais e suspensas todas as licitações previstas pelo atual governo. NYT: "'Não podemos entregar de maneira irresponsável nossas reservas petroleiras às transnacionais' disse recentemente Nahle, engenheira petroquímica de formação, durante reunião com petroleiros de Poza Rica, no estado mexicano de Veracruz. 'Neste primeiro de julho o povo vai terminar com a pilhagem do México'". 

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Com a maior população de língua espanhola do mundo, inclusive à frente da Espanha, é a segunda maior economia latino-americana, só atrás do Brasil. Trata-se de um país rico em recursos naturais, uma economia em desenvolvimento e com uma diversidade étnico-cultural enorme. São 120 milhões de pessoas e mais de 67 línguas nativas.

Na segunda-feira (2), quando a seleção mexicana entrar em campo na Copa do Mundo contra o Brasil, seu novo presidente será um homem de esquerda. Do outro lado do gramado estará a seleção de um país em que o presidente de esquerda foi posto na cadeia pelas elites locais para não voltar ao poder.

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Leia a íntegra da reportagem aqui.

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