Zapatero: Lula é a alma dos Brics
"Lula promoveu uma mudança na comunidade internacional na luta contra a pobreza e a miséria. Ele acelerou a sensibilidade sobre as mudanças climáticas. Lula é a alma dos Brics, um novo ator num mundo multilateral ainda por construir", disse o ex-primeiro-ministro espanhol José Luís Zapatero, em entrevista ao site Tutameia; "Confio no ato de inteligência política, de atitude democrática de Lula e do PT para abrir espaço para o novo candidato [Fernando Haddad], para o fortalecimento da democracia"
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247 - O ex-primeiro-ministro espanhol José Luis Zapatero, que esteve em São Paulo para participar do seminário internacional "Ameaças à democracia e a ordem multipolar", promovido pela Fundação Perseu Abramo, fez uma defesa enfática do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
"Lula promoveu uma mudança na comunidade internacional na luta contra a pobreza e a miséria. Ele acelerou a sensibilidade sobre as mudanças climáticas. Lula é a alma dos Brics, um novo ator num mundo multilateral ainda por construir", disse Zapatero em entrevista ao site Tutameia.
Mantido como preso político desde 7 de abril em Curitiba, Lula teve seus direitos políticos violentados pela Justiça Eleitoral, que o impediu sua candidatura a presidente, ignorando decisão do Conselho de Direitos Humanos da ONU.
Para Zapatero, "o Brasil está numa espécie de parêntesis político. Parêntesis que se arrasta desde um surpreendente impeachment. E pelo também surpreendente encarceramento de Lula"."Com Lula, o Brasil chegou à plenitude como um grande ator internacional. Esperamos que as eleições sejam o fim do parêntesis e o reencontro do Brasil com a comunidade internacional. Confio no ato de inteligência política, de atitude democrática de Lula e do PT para abrir espaço para o novo candidato [Fernando Haddad], para o fortalecimento da democracia", afirmou.
Ele afirma que "o impeachment surpreendeu ao mundo democrático, gerou uma perplexidade porque os motivos que se puseram em cima da mesa não respondem às regras dos países que conhecemos como comunidade democrática". Acrescenta que o país ficou mais débil ao ser governado por um presidente não eleito.
Zapatero falou também sobre a instabilidade na América Latina e os riscos de uma intervenção militar na Venezuela.
Assista à entrevista:
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