Amorim: o Mercosul é também um projeto de paz na América Latina

O diplomata e ex-ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, expõe que uma de suas maiores preocupações é a saída do Brasil do Mercosul, já sinalizada por Paulo Guedes, futuro ministro da Economia do governo Bolsonaro; "Através de tratados comerciais, foi estabelecido um projeto de paz entre os países da América Latina", ressalta Amorim, durante entrevista à TV 247, defendendo o diálogo como instrumento principal no Itamaraty; assista 

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TV 247 - O rumo das relações exteriores brasileiras e o risco de total subserviência aos EUA, com a agenda ultraliberal de Bolsonaro. Este foi um dos principais temas abordados pelo diplomata e ex-ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, em entrevista à TV 247. Uma das maiores preocupações expostas por ele é a saída do Brasil do Mercosul, já sinalizada por Paulo Guedes, futuro ministro da Economia. "Através de tratados comerciais, foi estabelecido um projeto de paz entre os países da América Latina", afirma Amorim, salientando sua importância continental. 

Durante recente entrevista, Guedes disse que a Argentina e o Mercosul "não são prioridade" para a futura gestão do Brasil. Que a prioridade "será comercializar com todo o mundo". 

Amorim diz que a fala de Guedes é "um erro", expondo a importância do Mercosul. "É a paz construída pelos países da América Latina, através de acordos comerciais".

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Ele desconstrói o argumento de que, saindo do Mercosul, o Brasil terá maior liberdade de negociação. "Será autonomia em troca da fragilidade, aumentando a competitividade entre os países da América Latina", destaca.

Amorim afirma que uma relação comercial preferencial com os EUA, como defende Guedes, "é como colocar todos os ovos numa mesma cesta", aconselhando ser ideal "diversificar o mercado, buscando relações com a Europa, Europa Ocidental, além dos países membros do Brics". 

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Para o ex-ministro, o principal conflito de Trump é a guerra comercial com a China. "Não interessa ao Brasil entrar nessa briga, é necessário habilidade para lidar com ambos os países", defende. 

Venezuela

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O príncipe Luiz Philippe de Orléans e Bragança está cotado para ser o ministro de Relações Exteriores do governo Bolsonaro. Sua principal proposta é a deposição de Nicolás Maduro, presidente da Venezuela. 

Amorim ressalta que o Brasil republicano nunca teve uma postura de ataque aos seus países vizinhos. "Pelo contrário, sempre defendeu a integridade das suas fronteiras e os tratados", conclui. 

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