Exército brasileiro será subordinado aos EUA e Congresso não foi ouvido

O Almirante Craig S. Faller, chefe do Comando Sul das Forças Armadas dos Estados Unidos, revelou que um general brasileiro assumirá, ainda este ano, o posto de vice-comandante de interoperabilidade do Exército Sul norte-americano, o primeiro oficial brasileiro a ocupar esse posto e a ficar subordinado à cadeia de comando dos militares dos EUA; o Congresso Nacional brasileiro não foi nem sequer consultado sobre a decisão do governo, ao contrário do Congresso estadunidense

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247 - O Almirante Craig S. Faller, chefe do Comando Sul das Forças Armadas dos Estados Unidos, revelou que um general brasileiro assumirá, ainda este ano, o posto de vice-comandante de interoperabilidade do Exército Sul norte-americano, o primeiro oficial brasileiro a ocupar esse posto e a ficar subordinado à cadeia de comando dos militares dos EUA. Em artigo no Jornal Valor Econômico, a jornalista Maria Cristina Fernandes revela que "o Congresso Nacional não teve a possibilidade de se confrontar porque não foi consultado sobre a decisão". Já o Congresso estadunidense, sim. 

"Se o Pentágono enviar a ordem para o Forte San Houston, o que deverá fazer o general brasileiro? Interromperá a cadeia de comando que passou a integrar ou cumprirá as diretrizes da ação militar do Pentágono?", questiona a jornalista. 

Ela ainda ressalta a postura do pacifica do Brasil. "Uma visita ao Livro Branco da Defesa Nacional, aprovado há apenas sete anos pelo Congresso Nacional, não poderia ser mais claro sobre as razões pelas quais o Brasil se mantém há 140 anos em paz com seus vizinhos. O país deve se empenhar pela multipolaridade de uma comunidade global participativa e inclusiva e atuar, no entorno sul-americano, contra posturas conflituosas e excludentes". 

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"O texto não poderia ter sido mais confrontado pelo depoimento do almirante em que foi anunciada a inédita adesão do general brasileiro ao comando do Texas. Craig Faller quer inimigos que temam os Estados Unidos. Os três maiores que citou, Rússia, China e Irã, são os mesmos que lideram as transações de petróleo por moedas alternativas ao dólar", ressalta. 

A jornalista indaga: "A pergunta que se faz é por que o Brasil deveria ser sócio desta aventura. A barreira que se ergue na Ásia, na África e no Oriente Médio a uma ação militar na Venezuela congrega alguns dos maiores parceiros comerciais e diplomáticos brasileiros. O engajamento na ofensiva confronta os interesses comerciais brasileiros e contraria alguns dos mais estabelecidos princípios da doutrina diplomática e militar do país. Dá asas à ameaça de as grandes potências mundiais balcanizarem a América Latina disputando aliados e jogando uns contra os outros". 

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