Youssef é condenado em ação do Caso Banestado

Doleiro Alberto Youssef foi condenado hoje a quatro anos e quatro meses de prisão por corrupção ativa em um dos processos do Caso Banestado; de acordo com a sentença, ficou provado que Youssef fez um empréstimo fraudulento de U$S 1,5 milhão no Banco do Estado do Paraná por meio do pagamento de propina ao então diretor Institucional da instituição em 1998. O doleiro já está preso devido às acusações da Operação Lava Jato, da Polícia Federal

Doleiro Alberto Youssef foi condenado hoje a quatro anos e quatro meses de prisão por corrupção ativa em um dos processos do Caso Banestado; de acordo com a sentença, ficou provado que Youssef fez um empréstimo fraudulento de U$S 1,5 milhão no Banco do Estado do Paraná por meio do pagamento de propina ao então diretor Institucional da instituição em 1998. O doleiro já está preso devido às acusações da Operação Lava Jato, da Polícia Federal
Doleiro Alberto Youssef foi condenado hoje a quatro anos e quatro meses de prisão por corrupção ativa em um dos processos do Caso Banestado; de acordo com a sentença, ficou provado que Youssef fez um empréstimo fraudulento de U$S 1,5 milhão no Banco do Estado do Paraná por meio do pagamento de propina ao então diretor Institucional da instituição em 1998. O doleiro já está preso devido às acusações da Operação Lava Jato, da Polícia Federal (Foto: Aquiles Lins)


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André Richter, da Agência Brasil - A Justiça Federal no Paraná condenou hoje (17) doleiro Alberto Youssef a quatro anos e quatro meses de prisão por corrupção ativa em um dos processos do Caso Banestado.

De acordo com a sentença, ficou provado que Youssef fez um empréstimo fraudulento de U$S 1,5 milhão no Banco do Estado do Paraná por meio do pagamento de propina ao então diretor Institucional da instituição em 1998. O doleiro já está preso devido às acusações da Operação Lava Jato, da Polícia Federal. Ele foi absolvido da acusação de gestão fraudulenta de instituição financeira.

A denúncia foi proposta pelo Ministério Público Federal (MPF) em 2003, mas foi suspensa em função de um acordo de delação premiada. Como Youssef voltou a cometer os crimes investigados na Operação Lava Jato, o acordo foi quebrado e a ação voltou a tramitar neste ano.

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Em 2003, Youssef foi preso pela Polícia Federal em consequência das investigações da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Banestado. O doleiro foi acusado de ser responsável por dezenas de contas-fantasmas para enviar dinheiro de origem ilícita para fora do país. A investigação é conduzida pelo juiz Sergio Fernando Moro, que também é responsável pelos processos da Operação Lava Jato, da Polícia Federal.

O advogado de Youssef, Augusto Augusto Figueiredo Basto, diz que vai recorrer da decisão porque não houve pagamento de propina ao diretor do banco. "O dinheiro foi para a campanha do Jaime Lerner. O banco exigiu que o Alberto desse o dinheiro para a campanha. Ele foi vítima do banco". Lerner foi candidato à reeleição ao governo do Paraná em 1998 pelo antigo PFL (hoje DEM).

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Figueiredo Basto diz que vai contestar no recurso o modo como o juiz rompeu o acordo de delação de 2004. "O juiz rompeu o acordo sem ouvir a defesa. Esse processo é medieval. A defesa fica sabendo das decisões pela imprensa".

O caso Banestado foi a maior investigação sobre doleiros realizada no Brasil, entre 2003 e 2007. Segundo a força-tarefa do Ministério Público Federal criada à época para investigar mais de 2 mil contas, as remessas ilegais somavam US$ 28 bilhões. Uma agência do Banestado em Londrina era usada para fazer operações ilícitas.

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No Banestado, Youssef é acusado de ter operado 43 contas que abriu em Londrina (PR) em nome de laranjas, as quais movimentaram R$ 346 milhões em apenas 19 meses, de janeiro de 1998 a agosto de 1999.

O caso do Banestado antecede os crimes abrangidos pelas investigações da Operação Lava Jato. Youssef é acusado em cinco processos decorrentes da atual operação da PF –entre eles um envolvendo desvios em contratos da Petrobras.

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O doleiro é suspeito de ter remetido para fora do país, de forma fraudulenta, US$ 444,7 milhões entre julho de 2011 e março de 2013. Segundo a Justiça, ele cometeu esse crime 3.649 vezes.

Nesta terça-feira (16), Youssef negou envolvimento com transações financeiras vinculadas ao tráfico internacional de drogas. Ele é suspeito de ter realizado operação de câmbio de US$ 36 mil para importação de cocaína da Bolívia.

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