Mendonça Filho, que recebeu Frota, critica ‘politização do Enem’
Ministro da Educação, Mendonça Filho, diz estar convencido de que o movimento estudantil de ocupação de escolas é partidário; "É evidente que setores ligados ao PT, ao PCdoB e ao PSOL estão instrumentalizando essa mobilização junto com os sindicatos", disse, em entrevista ao jornalista Josias de Souza, do UOL; "Imaginaram que colocariam em cheque o Enem, algo que vai muito além de qualquer governo. Politizar o Enem foi desrespeitoso com milhões de jovens", acrescentou; em maio, Mendonça recebeu Alexandre Frota e quatro integrantes do grupo Revoltados Online, que apoiaram o impeachment e fizeram manifestações contra o governo Dilma, para ouvir propostas para a educação
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247 - O ministro da Educação, Mendonça Filho, disse estar convencido de que o movimento estudantil que já ocupa mais de mil instituições de ensino em todo o Brasil é partidário. "É evidente que setores ligados ao PT, ao PCdoB e ao PSOL estão instrumentalizando essa mobilização junto com os sindicatos", disse, em entrevista ao jornalista Josias de Souza, do UOL.
Ele critiocu ainda o que chamou de "politização" do Enem. "Imaginaram que colocariam em cheque o Enem, algo que vai muito além de qualquer governo. Politizar o Enem foi desrespeitoso com milhões de jovens. Desrespeitaram o sonho da juventude de ter acesso à universidade. Isso é um absurdo", afirmou.
Em maio desse ano, quando ainda era ministro interino, Mendonça Filho recebeu em Brasília o apresentador Alexandre Frota e quatro integrantes do grupo Revoltados Online - que apoiaram o impeachment de Dilma Rousseff e organizaram dezenas de manifestações contra o governo do PT - para ouvir propostas para a educação.
Eles foram levar a Mendonça a defesa do projeto Escola Sem Partido, que acusa os professores de doutrinarem os alunos e impede que sejam emitidas em sala de aula qualquer posicionamento político. O projeto é um dos alvos dos protestos dos estudantes que ocupam as escolas, ao lado da reforma do ensino médio e da PEC 241, do teto dos gastos públicos.
Na entrevista, Mendonça reforçou que "acabou o prazo" estipulado pelo MEC para que os alunos desocupassem as escolas onde ocorreriam as provas do Enem e reforçou que os exames que seriam aplicados nessas instituições serão adiados. "Nós fixamos um prazo. Dissemos que esperaríamos pela desocupação até as 23 horas e 59 minutos do dia 31 de outubro. Imaginaram que o governo fosse adiar esse prazo. Mas estávamos decididos. Ponto final. Acabou o prazo", declarou.
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