Quarenta, vinte, vinte

Esses são números hipotéticos para 2014. Dúvida 1: haverá segundo turno? Dúvida 2: quem vai?



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As novas pesquisas eleitorais, que sairão nas próximas horas, certamente não mostrarão esses números. A tendência é que, sem Marina Silva no páreo, elas indiquem a vitória em primeiro turno de Dilma Rousseff, que provavelmente herdaria parte significativa dos votos da ex-senadora.

No entanto, como ainda falta um ano para as eleições presidenciais, há tempo suficiente para que Marina Silva diga a seus admiradores, muitos da chamada “geração milênio”, que o governador pernambucano Eduardo Campos é um cara legal, liderando, assim, a transferência de seu capital político para o novo aliado.

Sendo bem-sucedida essa operação, é bastante provável que o presidente do PSB cresça ao longo dos próximos meses e atinja um índice de intenção de votos próximo ou superior a 20% – semelhante ao que Marina tem hoje em alguns cenários. 

Da mesma forma, não é razoável imaginar que o senador Aécio Neves não conseguirá chegar também à casa dos 20%, com o PSDB, que ainda representa boa parte da classe média brasileira, à frente de Estados importantes, como São Paulo, Minas, Goiás e Paraná. Basta dizer que, em 2002, José Serra teve 23,19% no primeiro turno; em 2006, Geraldo Alckmin alcançou surpreendentes 41,64%; e, em 2010, Serra atingiu 32,6% – o que significa que os números atuais de Aécio ainda traduzem um baixo conhecimento sobre o candidato.

Portanto, a tendência é que, em outubro de 2014, Dilma esteja na casa dos 40%, como ocorreu com ela em 2010 e com Lula nas outras duas eleições vencidas pelo PT, e que seus dois adversários estejam lutando cabeça a cabeça pelo segundo lugar. Nesse cenário, com a falta de outras candidaturas competitivas, a dúvida número 1 será se haverá ou não segundo turno. A segunda, quem vai.

Eduardo Campos talvez represente hoje uma ameaça maior ao PT, porque o apoio do PSDB a ele num eventual round decisivo seria inevitável. A recíproca, no entanto, não é verdadeira e o PSB, aliado histórico do PT, teria dificuldades para abraçar um projeto tucano num duelo entre Aécio e Dilma. De todo modo, o que o novo quadro político revela é simples: mais do que nunca, para o PT, vencer no primeiro turno tornou-se uma questão, se não de vida ou morte, crucial. 

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