Para Kennedy, Barbosa comete uma injustiça

Comentarista político critica postura do presidente do STF, que não admite o cargo comissionado da mulher do repórter Felipe Recondo, do Estadão, no gabinete do ministro Ricardo Lewandowski; Kennedy diz que Barbosa "faz uma acusação grave contra três pessoas, o repórter, a funcionária e o ministro" ao dizer que há conflito de interesses

Comentarista político critica postura do presidente do STF, que não admite o cargo comissionado da mulher do repórter Felipe Recondo, do Estadão, no gabinete do ministro Ricardo Lewandowski; Kennedy diz que Barbosa "faz uma acusação grave contra três pessoas, o repórter, a funcionária e o ministro" ao dizer que há conflito de interesses
Comentarista político critica postura do presidente do STF, que não admite o cargo comissionado da mulher do repórter Felipe Recondo, do Estadão, no gabinete do ministro Ricardo Lewandowski; Kennedy diz que Barbosa "faz uma acusação grave contra três pessoas, o repórter, a funcionária e o ministro" ao dizer que há conflito de interesses (Foto: Gisele Federicce)


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247 - O comentarista político Kennedy Alencar acredita que o presidente do STF, Joaquim Barbosa, erra ao exigir que o ministro Ricardo Lewandowski demita uma funcionária de seu gabinete, mulher do repórter do Estadão Felipe Recondo. Ao dizer que existe conflito de interesses neste cargo de comissão, Barbosa "faz uma acusação grave contra três pessoas, o repórter, a funcionária e o ministro", diz Kennedy. Em tempo: Felipe Recondo é aquele mesmo jornalista que Barbosa mandou "chafurdar no lixo".

Leia abaixo o comentário do jornalista Kennedy Alencar:

Barbosa está errado

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O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Joaquim Barbosa, voltou a falar do caso de um jornalista que é casado com uma funcionária do gabinete do ministro Ricardo Lewandowski.

Ela tem um cargo em comissão. Traduzindo: uma função de confiança, que é uma posição de livre nomeação do ministro.

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Seguem as palavras de Barbosa, dadas na 8ª Conferência Global de Jornalismo Investigativo, no Rio: "Cargo em comissão é um favor, vamos ser claros. E ali me parece um conflito insuperável".

Barbosa também disse: Como [um repórter poderia] questionar um ministro se ele [ministro] deu emprego à sua mulher? Ano que vem teremos um presidente do STF com a mulher de um repórter em seu gabinete. Tenho certeza de que nos Estados Unidos seria inimaginável".

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Joaquim Barbosa está errado. E faz uma acusação grave contra três pessoas, o repórter, a funcionária e o ministro.

Cargo em comissão não é favor. É uma função de confiança, para a qual uma autoridade pode levar pessoas em quem deposita maior crédito, maior fé. Não é ilegal. Não é imoral. Não é ilegítimo.

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A demonização de funções de confiança é um equívoco. Sem os comissionados, seria o paraíso da burocracia, sem qualquer filtro político. Já funções comissionadas em excesso se prestam a uso político. É salutar um equilíbrio.

Barbosa deve apontar um problema de conduta do jornalista, da funcionária ou do ministro. O ponto é esse. Houve conduta inadequada do jornalista, da funcionária ou do ministro? Houve promiscuidade profissional? Foi uma nomeação dada como favor? A funcionária tem qualificação profissional para a função? Barbosa sabe de algo que desabone o trabalho da funcionária?

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Espera-se de um presidente do Supremo que acuse com mais objetividade. Do contrário, comete uma injustiça.

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