Delação: oposição quer reunião de emergência da CPMI

Justiça Federal do Paraná liberou áudio do depoimento dado nesta quarta-feira pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa; "Agora vindo a público esses áudios do senhor Paulo Roberto Costa indicando todos os caminhos, valores e pessoas, a CPMI deve se reunir imediatamente, tomar posições imediatas para responder à altura à sociedade brasileira", disse o deputado Rubens Bueno (PPS-PR), membro da comissão; Costa afirmou em delação que cada contrato fechado com as diretorias comandadas por PT, PP e PMDB deveria ter 3% destinado à propina; em nota, PT chamou acusações de "caluniosas"

Justiça Federal do Paraná liberou áudio do depoimento dado nesta quarta-feira pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa; "Agora vindo a público esses áudios do senhor Paulo Roberto Costa indicando todos os caminhos, valores e pessoas, a CPMI deve se reunir imediatamente, tomar posições imediatas para responder à altura à sociedade brasileira", disse o deputado Rubens Bueno (PPS-PR), membro da comissão; Costa afirmou em delação que cada contrato fechado com as diretorias comandadas por PT, PP e PMDB deveria ter 3% destinado à propina; em nota, PT chamou acusações de "caluniosas"
Justiça Federal do Paraná liberou áudio do depoimento dado nesta quarta-feira pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa; "Agora vindo a público esses áudios do senhor Paulo Roberto Costa indicando todos os caminhos, valores e pessoas, a CPMI deve se reunir imediatamente, tomar posições imediatas para responder à altura à sociedade brasileira", disse o deputado Rubens Bueno (PPS-PR), membro da comissão; Costa afirmou em delação que cada contrato fechado com as diretorias comandadas por PT, PP e PMDB deveria ter 3% destinado à propina; em nota, PT chamou acusações de "caluniosas" (Foto: Gisele Federicce)


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Tiago Miranda, da Agência Câmara - Parlamentares da oposição cobram que a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Petrobras tenha uma reunião de emergência para falar sobre o depoimento do ex-diretor de Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa dado na quarta-feira (8) à Justiça Federal do Paraná.

Em áudio do depoimento, liberado nesta quinta-feira pela Justiça do Paraná e divulgado pela imprensa, Costa diz que parte da propina cobrada de fornecedores da estatal era direcionada para atender a PT, PMDB e PP.

"Agora vindo a público esses áudios do senhor Paulo Roberto Costa indicando todos os caminhos, valores e pessoas, a CPMI deve se reunir imediatamente, tomar posições imediatas para responder à altura à sociedade brasileira", disse o deputado Rubens Bueno (PPS-PR), membro da comissão.

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Propina

No áudio divulgado pela imprensa, Costa afirma que cada contrato fechado com as diretorias comandadas pelos três partidos deveria ter 3% destinado à propina. O depoimento foi dado ao juiz federal Sérgio Moro, responsável pelo processo da operação Lava Jato na primeira instância.

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De acordo com as denúncias do ex-diretor, o PT recolheria para o seu caixa 100% da propina obtida nas diretorias que a sigla administrava, como as de Gás e Energia; Corporativa e de Serviços; e Exploração e Produção.

"Olha, em relação à Diretoria de Serviços [comandada por Renato Duque], todos sabiam que 3% [cobrados de propina] eram para atender ao PT. Através da Diretoria de Serviços. Outras diretorias, como Gás e Energia e Exploração e Produção, também eram PT", declarou Costa à Justiça Federal.

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Já em diretorias comandadas pelo PP, 2/3 da propina ficaria com o PT e o restante com o partido aliado. A maior parte dos recursos, segundo Costa, ia para os partidos. Havia ainda uma parcela (em média, 0,2% do valor do contrato) que ia para despesas de envio e notas fiscais do total. O restante ficava com Costa ou outro diretor responsável e um pouco ainda para o doleiro Alberto Youssef.

O PMDB também receberia parte da propina em contratos das diretorias que comandava, como a Internacional. O percentual, porém, não foi detalhado por Costa.

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O presidente da CPMI da Petrobras, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), e o relator, deputado Marco Maia (PT-RS), não foram encontrados para comentar o caso. Parlamentares da base governista que integram a CPMI também foram procurados, mas não quiseram comentar ou não retornaram o contato.

Nota de resposta

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Em nota, o PT contestou as informações passadas pelo ex-diretor. Segundo o partido, as declarações são "caluniosas" e todas as doações recebidas "seguem as normas legais e são registradas na Justiça Eleitoral".

O presidente do partido, Rui Falcão, lamentou que "estejam sendo valorizadas as palavras do investigado, em detrimento de qualquer indício ou evidência comprovada".

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A Petrobras também divulgou nota sobre o caso. A estatal informou que vem acompanhando as investigações e colaborando com as autoridades. Segundo a nota, a Petrobras é vítima nesse processo de apuração das denúncias.

Para o deputado Marcelo Castro (PMDB-PI), que é vice-líder do seu partido, toda e qualquer denúncia deve ser investigada a fundo. Ele ressaltou, porém, que é preciso ter cuidado e responsabilidade para basear as ações da CPMI em provas.

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"Estamos tratando de coisa séria, de denúncia de propina. Isso dá cadeia, dá perda de mandato. Isso acaba com a vida das pessoas. Então, devemos ter o maior senso de responsabilidade possível e nos basearmos em provas cabais e em não palavras ao vento, isso não quer dizer nada", disse Castro.

Histórico

Paulo Roberto Costa chefiou a Diretoria de Abastecimento da Petrobras entre 2004 e 2012. Ele foi preso em março pela Operação Lava Jato, da Polícia Federal, acusado de fazer parte de um esquema que teria desviado cerca de R$ 10 bilhões da estatal. Após fazer acordo de delação premiada com a Justiça, Costa foi autorizado a ficar em prisão domiciliar.

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