Diante de cartel, Dilma usa a estratégia de Alckmin

Ao admitir desvios na Petrobras e anunciar a busca por reparações pelos desvios causados pelo cartel de empreiteiras, a presidente Dilma Rousseff (PT) assume uma reação parecida com a do governador reeleito de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB); diante do cartel de fornecedores do metrô, com Siemens, Alstom e Bombardier, que atingiu o tucano Robson Marinho, ele afirmou que e Estado era vítima e iria buscar a devolução do dinheiro; para o tucano, a estratégia funcionou; será, contudo, eficaz para Dilma, no escândalo deflagrado após a prisão de Paulo Roberto Costa?

Ao admitir desvios na Petrobras e anunciar a busca por reparações pelos desvios causados pelo cartel de empreiteiras, a presidente Dilma Rousseff (PT) assume uma reação parecida com a do governador reeleito de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB); diante do cartel de fornecedores do metrô, com Siemens, Alstom e Bombardier, que atingiu o tucano Robson Marinho, ele afirmou que e Estado era vítima e iria buscar a devolução do dinheiro; para o tucano, a estratégia funcionou; será, contudo, eficaz para Dilma, no escândalo deflagrado após a prisão de Paulo Roberto Costa?
Ao admitir desvios na Petrobras e anunciar a busca por reparações pelos desvios causados pelo cartel de empreiteiras, a presidente Dilma Rousseff (PT) assume uma reação parecida com a do governador reeleito de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB); diante do cartel de fornecedores do metrô, com Siemens, Alstom e Bombardier, que atingiu o tucano Robson Marinho, ele afirmou que e Estado era vítima e iria buscar a devolução do dinheiro; para o tucano, a estratégia funcionou; será, contudo, eficaz para Dilma, no escândalo deflagrado após a prisão de Paulo Roberto Costa? (Foto: Realle Palazzo-Martini)


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247 - Às vésperas da realização do segundo turno das eleições, a presidente Dilma Rousseff (PT) reconheceu que houve desvios na Petrobras e que os cofres públicos terão de ser ressarcidos pelas empresas que supostamente formaram um cartel para se beneficiar nos negócios com a estatal. A estratégia, ousada e de reflexos aparentemente imprevisíveis, é semelhante à adotada pelo governador reeleito de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), no calor das revelações de que as empresas Siemens, Alstom e Bombardier formaram também um cartel (com anuências das autoridades paulistanas) para participar das licitações do Metrô paulistano.

Se com Alckmin o reconhecimento dos malfeitos deu certo (ele foi reeleito com facilidade logo no primeiro turno), o mesmo não é possível afirmar em relação a Dilma. O governador paulista contou mais do que com a docilidade da grande mídia, que nunca deu amplo destaque ao caso do Metrô, mas que saudou com loas seu denodo em não esconder a corrupção e exigir punição aos malfeitores. No caso da presidente petista, a situação é inversa, já que enfrenta uma oposição engajada nas redações dos maiores jornais e revistas do País.

Lideranças da oposição encontraram nesses veículos microfones abertos para amplificar as críticas ao que qualificaram como uma “confissão de culpa” de Dilma. O senador Agripino Maia (RN), coordenador da campanha do tucano Aécio Neves (PSDB), gritou ao jornal o Globo que “todos os posicionamentos do governo e da presidente em relação a esse tema (Petrobras) são sempre tardios, como foi a demissão de Paulo Roberto Costa (o delator do suposto esquema)”. A publicação da família Marinho deu amplo espaço para as lideranças da oposição fuzilarem Dilma, já indicando como o assunto será tratado pela campanha adversária (leia mais aqui).

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Outro ponto que levanta incertezas sobre a eficácia eleitoral da admissão do suposto escândalo é o fato de que o tema é candente na imprensa neste período pré segundo turno, insuflado por seu potencial de desgastar a candidatura petista. Reconhecer sua existência é dar munição para que a crise persista até a realização do segundo turno. Alckmin, quando assumiu que o cartel fora real e exigiu o ressarcimento do Erário, o fez mais de um ano antes da realização do primeiro turno, tempo mais do que suficiente para que as denúncias esfriassem e caíssem no esquecimento. Foi também a produção de um antídoto para ser utilizado quando o tema retornasse na campanha.

Hoje, o tema Petrobras apresenta uma novidade a cada dia, com vazamentos seletivos desenhando um cenário diferente a todo momento e fornecendo o combustível ao incêndio no Planalto. Talvez por isso, e por não ter acesso ao conteúdo da delação premiada de Paulo Roberto Costa – como bem destacou Dilma em sua entrevista coletiva do sábado (18) –, a campanha petista tenha optado por uma solução global ao admitir que há corrupção e que os culpados serão punidos (eia mais aqui). Sejam eles os já nominados ou aqueles que vierem a surgir à medida que se aproxima o dia 26 de outubro. 

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