PT mira estados para reparar perda na Esplanada

Ciente de que perderá espaço na configuração do próximo governo da presidente Dilma Rousseff, o PT já começou a mapear os cargos de confiança do governo federal nos estados e em grandes cidades como forma de reverter as perdas em Brasília; ideia é redistribuir os cerca de 15 mil postos federais fora de Brasília identificando indicações 'politicamente obsoletas e ocupando os espaços'; "Estamos fazendo um mapa dos cargos federais nos estados para saber quem é quem, quem indicou, qual a avaliação que a gente tem disso, e fazer uma proposta (de nomes à presidente)", diz o presidente do PT, Rui Falcão

13 de Agosto de 2014. Entrevista com o presidente do PT Rui Falcao para a Tv DN.
13 de Agosto de 2014. Entrevista com o presidente do PT Rui Falcao para a Tv DN. (Foto: Romulo Faro)


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247 - Ciente de que perderá espaço na Esplanada dos Ministérios na configuração do próximo governo da presidente Dilma Rousseff, o PT já começou a mapear os cargos de confiança do governo federal nos estados e em grandes cidades como forma de reverter as perdas em Brasília. Ideia, segundo publicação do jornal O Estado de São Paulo, é fazer uma redistribuição dos cerca de 15 mil postos federais fora de Brasília identificando indicações 'politicamente obsoletas e ocupando os espaços'.

"Estamos fazendo um mapa dos cargos federais nos estados para saber quem é quem, quem indicou, qual a avaliação que a gente tem disso, e fazer uma proposta (de nomes à presidente)", diz o presidente nacional do PT, Rui Falcão.

A última vez que o partido mapeou os cargos federais espalhados pelo Brasil foi em 2003, quando o ex-­presidente Lula assumiu o Planalto. Na época, o encarregado do inventário foi o então secretário nacional de Organização do PT, Sílvio Pereira.

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O objetivo do mapeamento encomendado pelo comando nacional do PT é identificar as vagas cujas indicações 'caducaram' politicamente, seja porque os padrinhos perderam prestígio, seja em função do realinhamento de partidos que apoiaram o governo Lula e hoje fazem oposição à gestão Dilma.

"A ideia é melhorar a representatividade. Às vezes, tem gente lá que não representa mais as forças que compõem a base do governo", disse ao Estado o atual secretário nacional de Organização do PT, Florisvaldo Souza. 

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Segundo ele, existe ainda uma terceira categoria de ocupantes destes postos federais que são os técnicos de carreira alçados a postos de confiança automaticamente depois que os indicados políticos deixaram as vagas. Eles também estão na mira do PT. "Tem lugares em que a pessoa indicada saiu e acabou ficando algum técnico de carreira, sem qualquer compromisso político", afirma o petista.

Ainda de acordo com a publicação do jornal, 'fontes do partido', dizem que os principais objetivos do levantamento são acomodar o chamado baixo clero petista e manter uma margem de manobra para negociar a composição da base de apoio ao segundo mandato de Dilma na Câmara.

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Entre os alvos estão indicações feitas pelo PSB, hoje na oposição, que sobreviveram ao desembarque do partido do governo, em 2013, apadrinhados por ex-­senadores e ex­-governadores hoje aposentados ­ a exemplo de José Sarney (PMDB) ­ e até petistas que perderam o
poder ou se envolveram em escândalos.

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